Cada vez mais pesquisas mostram que o sono vai muito além de descanso. Ele é um processo fundament...
O Alzheimer ainda não tem cura e costuma atingir pessoas mais velhas, mas os cuidados que tomamos cedo na vida podem fazer diferença. E um desses cuidados pode ser mais simples do que você imagina: dormir bem.
Cada vez mais pesquisas mostram que o sono vai muito além de descanso. Ele é um processo fundamental para a saúde do corpo e, principalmente, do cérebro.
Quando deixamos de dormir, abrimos espaço para problemas que vão de alterações de humor até o risco de doenças neurodegenerativas.
Existe um sistema pouco conhecido chamado glinfático. Descoberto em 2012, ele funciona como uma espécie de faxina cerebral: remove resíduos e proteínas que, se acumulados, prejudicam o funcionamento dos neurônios.
Entre esses resíduos está a beta-amiloide, uma proteína que, quando não é eliminada, se aglomera formando placas. Essas placas estão diretamente ligadas ao surgimento do Alzheimer.
E é justamente durante o sono profundo que o sistema glinfático trabalha com mais eficiência, limpando o cérebro e afastando essas ameaças silenciosas.
Pesquisadores australianos observaram que apenas uma noite maldormida já é capaz de elevar os níveis de beta-amiloide no cérebro. Imagine, então, o efeito de noites seguidas de insônia ou sono de má qualidade.
Embora as descobertas sejam animadoras, ainda restam perguntas. Será que remédios para dormir ajudam nesse processo ou atrapalham?