16 de março de 2025 às 10:50 - Atualizado às 12:25
Baby do Brasil (Reprodução)
A cantora Baby do Brasil e a casa noturna D-Edge estão sendo investigadas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), após um culto evangélico realizado na segunda-feira (10). Durante o evento, a artista fez declarações controversas, sugerindo que vítimas de abuso sexual perdoassem seus agressores.
O MPSP iniciou a investigação após uma denúncia formal feita pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Em sua acusação, Bomfim atribui à cantora a prática de crimes, alegando que ela "incitou o crime e demonstrou condescendência criminosa" ao aconselhar as vítimas a perdoarem os responsáveis pelos abusos. A deputada destacou que tal atitude reforça uma cultura de silêncio e impunidade, prejudicando a responsabilização de agressores de violência sexual.
A investigação está em andamento, e o Ministério Público apura se houve violação da lei durante a realização do culto e nas declarações de Baby do Brasil.
A cantora Baby do Brasil, ex-vocalista da banda Novos Baianos, fez uma declaração polêmica sobre abuso, durante culto evangélico. O momento ocorreu, na noite da última segunda-feira, 12 de março na balada de música eletrônica D-Edge, em São Paulo.
“Se teve abuso sexual, perdoa”, falou a cantora, que também é pastora pentecostal.
Através de nota, o dono do espaço alugado, uma casa noturna, disse que a convidada falou sem consentimento dele.
Segundo o empresário, porém, “durante o evento, algumas falas isoladas repercutidas” não condizem com o que ele acredita.
“Deixo claro que sou absolutamente contra qualquer tipo de abuso e discriminação e que todo crime deve ser denunciado e apurado”, enfatizou.
“Entendo a gravidade das palavras que foram ditas, não por mim, mas por um convidado chamado a falar de última hora sem o meu consentimento.”
Entretanto, antes de Baby, um DJ se apresentou e outros religiosos pregaram, com falas também polêmicas.
Ratier informou que está em contato com eles para que os pronunciamentos sejam justificados publicamente, uma vez que, segundo ele, ideias de violência e “cura gay” — em referência a discurso de um pastor que afirmou ter sido travesti na década de 1980 e hoje estar casado com uma mulher e ter três filhos, um deles também pastor — não refletem valores dele nem do D-Edge.
“O evento do culto foi uma exceção isolada e não irá mais acontecer”, diz o comunicado.
“Quero, mais uma vez, reforçar que a minha intenção jamais foi gerar qualquer tipo de discurso que pudesse causar sofrimento, especialmente para aqueles que sofreram abusos ou qualquer outro tipo de violência. Estou comprometido em continuar a promover um ambiente de respeito, inclusão e acolhimento, que sempre foram os pilares da minha trajetória.”
Com mais de 25 anos em atividade na Zona Oeste de São Paulo, a D-Edge já recebeu alguns dos maiores DJs do mundo.
Enfim, na última segunda, o evento Frequência de Deus, em que se deram as falas polêmicas, contou com, além de pregações, pocket shows de louvor e rock.
Mas, com isso, o Correio entrou em contato com a assessoria de Baby do Brasil para abrir espaço de resposta sobre o caso. Até o momento, não recebeu resposta. Se ocorrer uma manifestação, atualizaremos o texto.
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