27 de dezembro de 2024 às 19:35 - Atualizado às 19:35
Polícia Militar de Pernambuco. Foto: Divulgação
Cinco policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por envolvimento com a quadrilha dos traficantes Thiago e Bruno Teixeira de Oliveira, conhecidos como os “Gêmeos de Santo Amaro”. A organização criminosa atua no centro do Recife e é suspeita de envolvimento em homicídios na região.
Segundo o MPPE, os policiais “prestavam total apoio à referida organização criminosa”, fornecendo proteção aos traficantes, alertando-os sobre operações policiais, disponibilizando viaturas para o grupo e evitando flagrantes nas áreas controladas pela quadrilha. A denúncia foi apresentada no dia 19 de dezembro.
A participação dos policiais foi descoberta durante a Operação Blindados, deflagrada pela Polícia Civil em novembro, com base na quebra de sigilo telefônico dos traficantes, presos em janeiro deste ano.
Entre as provas apresentadas pela promotoria, uma mensagem atribuída ao PM Rayner Thainan Ferreira Santos, de 31 anos, destaca a colaboração com os traficantes. Na transcrição, o agente tranquiliza os criminosos sobre as operações policiais:
“Agora, a minha equipe é eu e o Galego, mas nem se preocupe, nada mudou. O Galego já está alinhado, já. A gente não mexe em nada lá, nem se aperreie.” Ele ainda pede redução no tráfico de maconha na área: “Agora, um negócio que eu ia falar contigo [é] para a turma dar uma diminuída na maconha, pô. Toda vez, a gente passa ali. Também é tirar a gente de otário, tá ligado?”
Segundo a investigação, “Galego” é o apelido do PM Arthur Luiz Sampaio, de 33 anos, que fazia dupla com Rayner em patrulhas. Ambos foram denunciados por crime de organização criminosa.
Outra mensagem atribuída a Rayner sugere que o agente teria solicitado um quilo de maconha a um dos “Gêmeos” para cumprir metas no batalhão:
“Eu lembro que tu falou para mim que tem uns quilos mofado e pá. Eu queria que tu deixasse 1 kg para mim dessa… Desse preto aí, que tu tem mofado, velho, que não serve mais para nada. Que é para eu apresentar, tá ligado? Para eu bater minha meta, entendeu?”
Durante o interrogatório, Rayner negou envolvimento com a quadrilha e alegou que o telefone interceptado não era seu. Ele afirmou ainda que conhecia os traficantes apenas por abordagens realizadas enquanto estava de serviço no 16º Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco.
O caso segue em investigação, com a denúncia destacando a gravidade do envolvimento de agentes da lei com organizações criminosas.
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