17 de abril de 2025 às 10:48 - Atualizado às 10:48
Ana Beatriz e sua mãe Eduarda de Oliveira. Arte: Portal de Prefeitura
Foi gravado em vídeo o depoimento de Eduarda de Oliveira, de 22 anos, que confessou ter matado a própria filha recém-nascida na cidade de Novo Lino, em Alagoas. As imagens, registradas na noite da última terça-feira, 15, mostra a jovem relatando à Polícia Civil que utilizou uma almofada para asfixiar a bebê, depois enrolou o corpo em sacos plásticos e o escondeu em um armário onde havia materiais de limpeza. (Veja vídeo do depoimento abaixo).
Antes de admitir o crime, Eduarda chegou a apresentar uma versão diferente, alegando que a filha teria morrido após se engasgar durante a amamentação. No entanto, durante o depoimento formal na Delegacia Regional de Novo Lino, que teve duração de aproximadamente 18 minutos e foi obtido pela TV Gazeta, ela detalhou como tudo aconteceu.
"Ela ficou chorando um pouquinho. Levei ela para o sofá e sufoquei com a almofada da sala. Eu botei ela no sofá e peguei a almofada e botei [no rosto da filha]. No sofá da sala. Foi a almofada e o lençol", declarou.
A mãe da recém-nascida, identificada como Ana Beatriz, está presa preventivamente sob acusação de ocultação de cadáver. A Polícia Civil aguarda o laudo da necropsia. Caso fique confirmada a morte por asfixia, Eduarda poderá responder também pelo crime de infanticídio.
Durante o depoimento, ela revelou ainda que chegou a amamentar a filha momentos antes de cometer o homicídio. "Depois, eu peguei um saco grande que tinha comprando as coisas do enxoval e coloquei ela", relatou.
Em outro trecho do vídeo, Eduarda diz ter se arrependido da ação e narra como agiu após esconder o corpo da criança.
"Eu não consegui dormir, fiquei perambulando na casa, fui para a porta, voltei e fui no armário, achando que ela poderia estar viva, mas ela não estava. Eu deixei ela lá. Ela ficou lá desde quando coloquei, não mexi mais", disse em relato.
A investigada também afirmou que agiu sozinha e que o marido, que se encontrava em São Paulo a trabalho, só soube da morte da filha após ela revelar tudo ao advogado.
"Ele estava em São Paulo, ele não sabia de nada. Eu contei quando o advogado ficou dizendo pra que eu falasse a verdade".
Na audiência de custódia realizada na quarta-feira, 16, a Justiça manteve a prisão preventiva da acusada. A decisão judicial também determinou que ela seja submetida a tratamento psiquiátrico enquanto estiver encarcerada.
Eduarda chegou a apresentar cinco versões diferentes para explicar o desaparecimento da filha, que estava sumida desde a sexta-feira, 11. Inicialmente, ela afirmou à polícia que a menina teria sido sequestrada na BR-101, no Povoado de Euzébio, zona rural de Novo Lino, na divisa com Pernambuco.
O pai da bebê, que é motorista e estava fora do estado havia cerca de um mês, não conhecia a filha. Ele retornou para casa após ser informado do suposto sequestro e passou a acompanhar as buscas.
Contudo, os investigadores passaram a desconfiar da versão apresentada por Eduarda depois que relatos de três testemunhas contradisseram a hipótese de sequestro. Imagens de câmeras de segurança também colocaram em dúvida a narrativa inicial da mãe.
Vizinhos relataram que ouviram o choro da bebê pela última vez na quinta-feira, 10, um dia antes da data em que Eduarda alegava ter ocorrido o desaparecimento.
As buscas mobilizaram equipes da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros já na segunda-feira, 14. As diligências foram realizadas nas imediações da residência da família e chegaram a incluir a inspeção de latas de lixo, mas o corpo da criança não foi localizado até aquele momento.
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