Pernambuco, 07 de Dezembro de 2024

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Foragido por homicídio, ex-vice-prefeito de Itu (SP), é preso em Olinda com documentação falsa

A ação da Polícia Civil de Pernambuco aconteceu em um hotel no bairro de Casa Caiada, onde Élio Oliveira Júnior foi detido em flagrante.

11 de novembro de 2024 às 09:35   - Atualizado às 09:53

Ex-vice-prefeito de Itu, cidade de São Paulo.

Ex-vice-prefeito de Itu, cidade de São Paulo. Foto: Reprodução/TV Tem. Edição: Portal de Prefeitura

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu o ex-vice-prefeito da cidade de Itu, em São Paulo, Élio Oliveira Júnior, na última quarta-feira, 6 de novembro, em Olinda. Condenado pela morte do advogado Humberto da Silva Monteiro, ocorrida em 2006, Oliveira Júnior era considerado foragido desde 2017. A prisão aconteceu em um hotel no bairro de Casa Caiada, onde ele apresentou documentação falsa, resultando em uma prisão em flagrante.

Condenação e crimes envolvidos

Élio Oliveira Júnior foi condenado, em 2015, a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio. Além do assassinato de Humberto Monteiro, ele é acusado de ser o mandante de um atentado contra o radialista Josué Dantas, também ocorrido na cidade de Itu.

Histórico de fugas e prisão anterior por falsificação de documentos

Esta não é a primeira vez em que Oliveira Júnior foi preso por uso de documentação falsa. Em 2018, ele passou 18 meses preso em Cubati, na Paraíba, mas foi liberado após conseguir um habeas corpus. A Polícia Civil de Pernambuco informou que ele estava escondido em Olinda desde dezembro de 2023.

Homicídio e atentado em Itu

Em 2006, o advogado Humberto Monteiro foi assassinado a tiros no Centro de Itu. Ele estava como passageiro em uma caminhonete conduzida pelo radialista Josué Dantas Filho, que também foi alvo de disparos, mas conseguiu sair ileso. A motivação do crime seria um desentendimento de cunho político entre Oliveira Júnior e a vítima.

Além de Oliveira Júnior, outros suspeitos foram identificados como envolvidos no crime, incluindo Tiago Martins Bandeira e Eduardo Aparecido Crepaldi, que estariam em uma moto no momento do assassinato. Outras duas pessoas, Luís Antônio Roque, conhecido como “Tonhão”, e o ex-policial militar Nicéias Brito, que atuavam como seguranças de Oliveira Júnior, foram condenadas pelo caso.

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Manobras judiciais e cassação de mandato

Apesar de a Justiça ter concedido à defesa de Oliveira Júnior o direito de recorrer em liberdade devido à residência fixa, ele não foi mais localizado após a decisão. José Roberto Trabachini, ex-líder de uma torcida organizada do Ituano, foi acusado de tentar contratar os assassinos, mas acabou absolvido pela Justiça.

Oliveira Júnior, depois de atuar como vice-prefeito em Itu, foi eleito vereador em Ribeirão Preto. No entanto, ele perdeu o mandato em 2011 por quebra de decoro parlamentar.

Investigação

O caso está sendo conduzido pela Delegacia de Roubos e Furtos, e a Polícia Civil informou que novas informações sobre a prisão de Oliveira Júnior e o andamento das investigações serão divulgadas em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (11).

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