11 de dezembro de 2023 às 17:56
O Exército e a Polícia Civil do Rio de Janeiro negociaram a recuperação de 10 das 21 armas que foram roubadas da base militar em Barueri, São Paulo. Embora o inspetor Christiano Gaspar Fernandes, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, num documento da Secretaria de Estado de Polícia Civil fluminense, tenha apontado que as autoridades teriam negociado diretamente com um integrante do Comando Vermelho, a PCRJ nega a informação.
Segundo o depoimento da testemunha na apreensão das armas, houve negociações com um "colaborador" não identificado do Comando Vermelho e um traficante de armas.
A estratégia utilizada envolveu contrainformação, em que a testemunha forneceu ao "colaborador" do Comando Vermelho informações sobre uma operação planejada na Cidade de Deus, favela na zona oeste do Rio de Janeiro, onde as armas estavam localizadas. Como contrapartida, as metralhadoras seriam devolvidas.
Em 19 de outubro, a Polícia Civil anunciou a recuperação de oito das 21 armas roubadas do Exército, sem efetuar prisões. Em 2 de novembro, conforme relatado na testemunha, mais duas metralhadoras foram "encontradas", novamente sem a prisão de criminosos. Segundo o depoimento, ao contrário do afirmado pelos policiais, não houve monitoramento do veículo e perseguição ao condutor na ocasião.
No total, 19 armas do arsenal roubado foram recuperadas, sendo oito pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e nove pela Polícia Civil de São Paulo.
A Polícia Civil informou que não procede a informação de que houve negociação com traficante para devolução das armas furtadas do Exército.
O trabalho de investigação, inteligência e monitoramento apontou onde estava o armamento. Desta forma, foi possível contato com um informante – que não é integrante de organização criminosa – que auxiliou na recuperação, de forma a evitar qualquer efeito nocivo à sociedade.
Tal fato foi omitido do documento justamente para preservar a vida do mesmo. Vale ressaltar que a Polícia Civil já identificou o responsável pela venda do armamento à facção criminosa e segue com diligências para localizar e capturar o indivíduo.
As investigações continuam.
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O caso foi registrado como resistência, morte decorrente de intervenção policial e tentativa de roubo.
Ao todo, 16 agentes, incluindo delegados, escrivães, agentes e comissários, participaram da ação, que também contou com a presença de servidores da Compesa.
Conforme autoridades, a ocorrência foi registrada por volta das 5 horas da manhã desta terça-feira, 21 de janeiro. Suspeito continua foragido.
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