Vereadores do Recife gastaram R$ 186 milhões com pessoal em 2024

Em 2024, a Câmara Municipal do Recife gastou um total de R$ 186 milhões com pessoal, segundo um relatório interno obtido pelo blog Jamildo.com. Esse valor inclui a remuneração dos 39 vereadores, servidores concursados e servidores comissionados, que ocupam cargos de livre nomeação.

O gasto com pessoal foi uma das principais despesas da Câmara, que teve a eleição de novos vereadores naquele ano. Para 2025, o número de parlamentares foi reduzido para 37, em conformidade com a diminuição da população da cidade, conforme os dados mais recentes do IBGE. Esse ajuste também foi implementado em várias outras cidades do Brasil, que sofreram alterações no número de representantes legislativos.

Sobra de Caixa e Projetos Futuros

Apesar do grande montante destinado ao pagamento de pessoal, a Câmara Municipal do Recife terminou o ano de 2024 com uma sobra de caixa de R$ 10,5 milhões, o que representa a "disponibilidade líquida de caixa". Esse recurso será utilizado para a construção de uma nova sede para os vereadores, um projeto defendido pelo presidente da Câmara, Romerinho Jatobá (PSB). O atual prédio é considerado inadequado para o trabalho legislativo, sendo histórico, mas com infraestrutura que não atende às necessidades modernas.

Previsão Orçamentária de R$ 272 Milhões para 2025

Para o ano de 2025, a Câmara Municipal do Recife tem prevista uma dotação orçamentária de R$ 272 milhões, conforme o orçamento aprovado. Esse montante será repassado pela Prefeitura do Recife ao Legislativo municipal, de acordo com a Constituição Federal, por meio do chamado duodécimo. O valor repassado ao Legislativo é uma porcentagem das receitas da cidade, com a Prefeitura destinando 4,5% da arrecadação para a Câmara, uma prática comum em todo o Brasil.

Comissionados e a Composição da Câmara

De acordo com informações fornecidas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), cerca de 90% dos servidores da Câmara do Recife são comissionados, ou seja, ocupam cargos por indicação dos próprios vereadores, sem a necessidade de concurso público. Esse modelo de contratação tem gerado discussões sobre a transparência e a eficiência na utilização dos recursos públicos.

Esses números levantam questões sobre a gestão e os gastos públicos na Câmara Municipal do Recife, especialmente considerando o montante significativo destinado ao pagamento de pessoal e os projetos futuros planejados para a infraestrutura do Legislativo.