23 de março de 2025 às 13:14 - Atualizado às 13:15
Presídio de Igarassu, em Pernambuco. Foto: Divulgação/ Seres
Pernambuco registrou o segundo menor custo médio por preso no Brasil em 2024, conforme dados do painel Custo do Preso, elaborado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
O Estado gastou, em média, R$ 1.387,45 por detento a cada mês, ficando à atrás apenas do Espírito Santo, onde o custo médio foi de R$ 1.105,14. A Bahia, por outro lado, liderou o ranking nacional, com uma despesa mensal de R$ 4.367,55 por preso.
No total, Pernambuco destinou R$ 449 milhões ao sistema prisional ao longo de 2024. Desse montante, R$ 227 milhões foram direcionados ao pagamento de pessoal, enquanto R$ 221 milhões custearam despesas como alimentação, energia, água, materiais de higiene e equipamentos de segurança.
O presídio de Igarassu concentrou a maior parte dos investimentos, somando pouco mais de R$ 85 milhões. A unidade abriga a maior população prisional do Estado, com 61.492 detentos.
A Senappen afirmou que não conseguiu calcular o custo individual por unidade prisional, já que a maioria dos estados não possui informações detalhadas sobre os valores gastos em cada presídio. A falta de dados padronizados dificulta uma análise mais precisa sobre a distribuição dos recursos.
O custo médio por detento em Pernambuco apresentou grandes oscilações nos últimos anos. Em 2022, o Estado gastou, em média, R$ 4.991,90 por preso. No ano seguinte, o valor caiu drasticamente para R$ 910,58. Nos anos de 2020 e 2021, os custos permaneceram próximos a R$ 1.070 por detento.
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