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Clarissa Tércio critica voto de Moraes por manter ação contra Ramagem: 'Afronta à vontade popular'

Segundo a parlamentar pernambucana, o voto do ministro representa um desrespeito à decisão da maioria dos deputados.

09 de maio de 2025 às 15:18   - Atualizado às 15:19

Clarissa Tércio e Alexandre de Moraes.

Clarissa Tércio e Alexandre de Moraes. Foto: Arte/Portal de Prefeitura

A deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE) utilizou suas redes sociais para criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por votar contra a decisão da Câmara dos Deputados que suspendeu a ação contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Segundo a parlamentar pernambucana, o voto do ministro representa um desrespeito à decisão da maioria dos deputados.

"Quando 315 deputados votam pelo arquivamento de uma ação e o ministro Alexandre de Moraes simplesmente ignora essa decisão, o recado é claro: a independência do Congresso está em risco e a vontade de milhões de brasileiros está sendo desrespeitada. O que resta da nossa democracia?", escreveu Clarissa Tércio em suas redes sociais.

Clarissa Tércio ainda afirmou que o cenário seria uma "afronta aos milhões de brasileiros". 

"É um ataque direto à vontade popular e uma afronta aos milhões de brasileiros que confiaram seu voto a esses parlamentares", continuou. 

Entenda 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, votou nesta sexta-feira, 9 de maio, para reverter a decisão da Câmara dos Deputados que suspendeu a ação penal que tem como réus o deputado Alexandre Ramagem e o ex-presidente Jair Bolsonaro, ambos do PL, e outros seis aliados.

O julgamento da Primeira Turma do STF começou nesta sexta, no plenário virtual. Ainda irão votar os demais quatro ministros da Primeira Turma: Cármen Lúcia , Cristiano Zanin , Flávio Dino e Luiz Fux . O julgamento está programado para durar até terça-feira.

Moraes aponta que a decisão da Câmara tem que ser limitada ao deputado Ramagem e apenas aos crimes que ele cometeu após dezembro de 2022, data de sua diplomação. 

"Os requisitos do caráter personalíssimo (imunidade aplicável somente ao parlamentar) e temporal (crimes praticados após a diplomação), previstos no texto constitucional, são claros e expressos, no sentido da impossibilidade de aplicação dessa imunidade a corréus não parlamentares e a infrações penais praticadas antes da diplomação", considera Moraes.

Manobra na Câmara 

Na quarta-feira, 7 de maio, a Câmara dos Deputados, em sessão deliberativa extraordinária, resolveu suspender a ação penal contra Alexandre Ramagem, Bolsonaro e outros seis réus por tentativa de golpe de Estado. 

No mês passado, o Supremo enviou um ofício à Casa para informar que os deputados não poderiam suspender a íntegra do processo sobre a trama golpista contra o deputado.

A possibilidade de suspensão de processos contra deputados federais e senadores está prevista na Constituição. Conforme o Artigo 53, a Câmara e o Senado podem suspender uma ação penal contra um parlamentar.

No ofício enviado à Câmara, o STF disse que, apesar da permissão constitucional, somente os crimes que teriam sido cometidos por Ramagem após o mandato podem ser suspensos. O marco temporal é a diplomação, ocorrida em dezembro de 2022.

Segundo o Supremo, a suspensão vale para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Pelo entendimento, Ramagem deve continuar a responder pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Antes de ser eleito, Ramagem foi diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e foi acusado de usar a estrutura do órgão para espionar ilegalmente desafetos de Bolsonaro. O caso ficou conhecido como "Abin Paralela".

 

 

 

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