Por Marcelo Velez
É recorrente a discussão pelo ingresso de novas pessoas, de novas ideias no âmbito político que representem a quebra de paradigmas. Em especial nas eleições de 2016 e 2018, os valores de renovação foram mais levados em conta na busca por representantes que fugissem à política tradicional.
Mais ainda: segundo o TSE, de 2014 a 2018, houve uma redução de 200 mil eleitores com 16 e 17 anos e, na faixa etária, apenas 20% dos jovens possui título de eleitor. Como então debater a renovação e a orientação ideológica dos novos políticos e dos novos eleitores se cada vez menos jovens se interessam pela participação efetiva do voto?
Outros dois dados ajudam a pôr mais lenha na fogueira do debate. Houve retração de 44% do número de jovens filiados em 8 anos, mas, segundo pesquisa Datafolha publicada na Folha de São Paulo, 29% dos jovens entre 16 e 29 anos disputariam alguma eleição.
Todos estes dados corroboram para o entendimento de que os jovens de nosso país estão em claro conflito com a política tradicional marcada pelo “toma lá dá cá”.
Dentre os eleitos, Luiza Canziani será a deputada federal mais nova da próxima legislatura, com apenas 22 anos. Vale destacar que Luiza é filha de Alex Canziani, que foi candidato a senador.
Muitos jovens ingressantes na política seguem o mesmo exemplo, seguindo a carreira de outros familiares ou até ocupando provisoriamente a cadeira que outrora fora deles. É o caso de Clarice Corrêa, Danielle Cunha, Cristiane Brasil (à época) e muitos outros.
Até que ponto a chegada destes rostos novos representa a mudança na política enquanto estiverem apenas servindo como carta de pais apegados a políticas velhas?
Por outro lado, outros nomes são desgarrados de familiares na política. É o caso de André Fernandes, eleito deputado estadual mais jovem do país pelo PSL. André tomará posse poucos dias após completar 21 anos. Na mesma linha seguem Túlio Gadelha (PDT-PE) e Kim Kataguiry (DEM-SP).
Enquanto alguns se apegam ao velho, 2018 teve 28 mil novos candidatos disputando as eleições gerais.
É preciso fomentar perfis de políticos que realmente busquem o debate de ideias e enterrem de vez a política tradicional como a conhecemos.
Consultados pelo Datafolha, dentre entrevistados acima de 41 anos, apenas 15% disputaria uma eleição. Uma geração que aos poucos desiste perante o desalento da crise brasileira enquanto outra se agiganta com a constatação de que a política não se compraz com vácuo e se ninguém se mexer, continua do jeito que está – ou pior!
Ação e reação – Rodrigo Maia (DEM), conseguiu o apoio do PSL na escalda por se reeleger presidente da Câmara Federal. Entretanto, o MDB e o PP alegam ter sido traídos porque o acordo girava em torno de oferecer ao PSL comissões estratégicas antes prometidas ao MDB e ao PP.
Em retaliação, o MDB e o PP admitem que podem se articular com PT e outras siglas de oposição contra Maia na Câmara e em torno de Renan Calheiros (MDB) no Senado.
Nem todos – Mas Maia não espere que o PSL em peso feche questão com ele. Muitos parlamentares, sob sigilo, prometem se abster do processo para não votar em Maia, a quem encaram como representante da velha política.
Farpas – Ontem, houve troca de farpas entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o candidato derrotado Fernando Haddad (PT) pelo twitter. Hoje, o presidente bloqueou o perfil do ex-adversário na rede social.
Tudo ou nada – A tensão já tomou conta da equipe econômica presidencial. “Ou reforma completa ou reforma nenhuma.” disse o Ministro da Economia Paulo Guedes em resposta a um sinal do presidente de que precisariam ter reformas capazes de passar pelo Congresso sem tanto desgaste.
A preocupação de Guedes é não agravar a situação econômica e tomar medidas rápidas a fim de dar fôlego à economia.
Efeitos – Após os resultados do pleito de 2018, em que alguns partidos não suplantaram a cláusula de desempenho, PATRI e PRP já se fundiram, PODE e PHS também e PCdoB com PPL foram no mesmo caminho. Também há conversas da REDE com o PPS e o PV.
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