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Lula não se pronuncia sobre decisão da Justiça Eleitoral venezuelana em relação a vitória de Maduro

A União Europeia, os EUA, 10 países da América Latina e Organização dos Estados Americanos (OEA), rejeitaram o veredito do TSJ.

23 de agosto de 2024 às 18:12   - Atualizado às 18:34

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro e Presidente Lula

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro e Presidente Lula Foto: Ricardo Stuckert

Nesta sexta-feira, 23 de agosto, a União Europeia, os EUA, dez países da América Latina e Organização dos Estados Americanos(OEA), rejeitaram a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que confirmou a vitória de Nicolás Maduro, nas eleições venezuelanas realizadas em julho. 

O TSJ, alinhado com Maduro, anunciou em uma sentença que reconhecia a vitória do presidente nas eleições de julho, em uma decisão conjunta com o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, também controlado por um aliado de Maduro. 

Assim como o Conselho Eleitoral da Venezuela, o TSJ também não divulgou a contagem de votos, o que anda sendo pedido pela oposição e pela comunidade internacional. 

O governo brasileiro ainda não se pronunciou sobre a decisão do Tribunal de Justiça da Venezuela. Porém, acredita-se que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não reconhcerá essa decisão e deverá emitir uma declaração pública em conjunto com a Colômbia. Lula já havia declarado anteriormente que, sem a divulgação das atas eleitorais, seria impossível reconhecer o resultado das eleições.

Segundo o Assessor Internacional de Lula, Celso Amorim, o Brasil fará o possível para evitar um conflito na Venezuela.

 Decisão da Suprema Corte Venezuelana

A Suprema Corte da Venezuela ratificou nesta quinta-feira, 22 de agosto, as alegações do ditador Nicolás Maduro de que ele venceu as eleições presidenciais do mês passado. Segundo o tribunal, as contagens de votos publicadas online, mostrando que ele perdeu por uma grande margem, foram forjadas.

A presidente do tribunal, Caryslia Rodríguez, indicou que, após o comparecimento dos atores convocados e a coleta dos instrumentos eleitorais, os magistrados da câmara eleitoral do tribunal se certificaram.

"De forma irrestrita e inequívoca os resultados eleitorais. Podemos concluir que os boletins emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral são respaldados pelas folhas de apuração emitidas por cada uma das máquinas de votação", disse Rodríguez ao ler a sentença.

A decisão da Suprema Corte nesta quinta-feira veio em resposta a um pedido de Maduro para revisar os totais de votos da votação de 28 de julho, depois que a oposição publicou registros de votação online de 80% das cabines de votação, mostrando que o candidato da oposição Edmundo González Urrutia venceu por uma margem de mais de 2 para 1. González não participou da auditoria, fato observado pelos juízes que o acusaram de tentar espalhar o pânico.

A alta corte está repleta de partidários de Maduro e quase nunca se pronunciou contra o governo.

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