25 de janeiro de 2019 às 01:59
Em entrevista concedida ontem (24) à Folha de São Paulo, o deputado federal Jean Wyllys declarou sua desistência da vida política. O político do PSOL ganhou notoriedade pelo seu grande engajamento com as causas LGBT. Por causa da identificação com a referida bandeira de luta política Wyllys estaria sob ameaças de morte e pesada difamação. O deputado informou que há algum tempo ele e seus familiares recebem constantes ameaças de morte. Contudo, o político informou que a preocupação com sua integridade física aumentou após a suspeita de que um policial envolvido na morte de Mariele Franco já teria trabalhado com Flávio Bolsonaro. Jean Wyllys declarou numa carta ao PSOL que não se sente seguro no Brasil. Um dos motivos é por Bolsonaro ser homofóbico. O deputado disse: “O presidente que sempre me difamou, que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim. Esse ambiente não é seguro para mim”. Na carta, o deputado Jean salienta que os assassinos de Mariele tem ligações estreitas com gente "que mantêm ligações estreitas com pessoas que se opõem publicamente às minhas bandeiras e até mesmo à própria existência de pessoas LGBT. Exemplo disso foi o aumento, nos últimos meses, do índice de assassinatos de pessoas LGBTs no Brasil". O trecho faz referência ao presidente da República, Jair Bolsonaro. A assessoria de Wyllys não informou em que país ele está, alegando preocupação com a segurança do parlamentar. Jean deveria estar de volta ao país no dia primeiro de fevereiro próximo, mas não tem data para voltar. Também na carta Jean Wyllys declarou que ele é a personalidade pública mais vítima de fake news no Brasil. O baiano declarou também que o reconhecimento de sua vulnerabilidade não teve o apoio do Estado, apesar de que há quase um ano ele só anda escoltado. Ao explicar a decisão de abandonar o Brasil, Jean Wyllys declarou que "o Brasil nunca foi terra segura para LGBTs nem para os defensores de direitos humanos, e agora o cenário piorou muito. Quero reencontrar a tranquilidade que está numa vida sem as palavras medo, risco, ameaça, calúnias, insultos, insegurança. Redescobri essa vida no recesso parlamentar, fora do país. E estou certo de preciso disso por mais tempo, para continuar vivo e me fortalecer". Nas redes sociais foi grande a polêmica levantada pela renúncia de Wyllys. O parlamentar recebeu apoio de várias pessoas. Contudo há políticos afirmando que trata-se de uma manobra de vitimização para dizer a outros países que a democracia brasileira corre perigo no Brasil. Logo após a renúncia, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, manifestou-se sobre o assunto. Em nota, Maia frisou que é inadmissível a impunidade para quem ameaça um deputado. O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, também comentou a saída de Wyllys da política nacional. Ele disse: “O deputado Jean Willys tem a nossa solidariedade, tem o nosso apoio, evidentemente vai fazer muita falta na Câmara dos Deputados. O deputado carioca Otoni de Paula comentou através do YouTube que "os movimentos de esquerda vão usar o fato grave de um deputado federal eleito não querer o mandato como se estivesse acontecendo nesse país uma perseguição homofóbica contra um cidadão homossexual". O deputado Marco Feliciano fez declarações mais contundentes contra a atitude de Jean Wyllys. Feliciano disse, também pelo YouTube, que Wyllys é "pirotécnico e midiático" e que tomou a decisão de sair do Brasil por causa do "prestígio desgastado". Feliciano acrescentou que é provável que Jean volte "num deslumbrante 'Dia do Fico' como se fosse importante sua desistência de renunciar a política", e finalizou declarando: " eu esperava mais de você". Apesar de não esclarecer aonde pretende passar o resto de sua vida, Jean Wyllys declarou que pretende agora investir na vida acadêmica. Imagem: diariodocentrodomundo.com.br
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