Espada Excallibur e manuscrito do Rei Arthur e Merlin encontrado. Fotos: Reprodução. Arte: Portal de Prefeitura
Pesquisadores da Biblioteca da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, fizeram uma descoberta surpreendente: páginas de um raro manuscrito medieval estavam disfarçadas como capa e costuradas na encadernação de outro livro. O fragmento traz histórias sobre Merlin e o lendário Rei Arthur.
As duas páginas pertencem a uma cópia do século XIII da Suite Vulgate du Merlin. Escrito em francês antigo por um escriba medieval, o manuscrito dá continuidade à famosa lenda arturiana. Atualmente, restam pouco mais de três dezenas de cópias conhecidas desse texto.
O conteúdo integra o ciclo Lancelot-Graal, uma coleção de romances medievais bastante popular entre nobres e reis da época. Segundo a Dra. Irène Fabry-Tehranchi, especialista em coleções na biblioteca de Cambridge, essas histórias geralmente eram lidas em voz alta ou dramatizadas por trovadores que circulavam entre as cortes.
Em vez de danificar o material removendo os pontos da encadernação, a equipe optou por uma abordagem moderna. Utilizando exames de imagem e tomografia computadorizada, os pesquisadores criaram um modelo 3D das páginas, permitindo “desdobrar” o manuscrito virtualmente e ler seu conteúdo sem risco de deterioração.
A Dra. Fabry-Tehranchi foi uma das primeiras a reconhecer o valor histórico do fragmento. Ela classificou a descoberta como “uma experiência única na vida”.
As digitalizações revelaram não apenas o texto escondido, mas também detalhes sobre as técnicas de encadernação usadas no século XVI. Segundo Fabry-Tehranchi, isso fornece novas pistas sobre as práticas arquivísticas da época.
“Não se trata apenas do texto em si, mas também do artefato material. A maneira como foi reutilizado nos diz sobre as práticas arquivísticas na Inglaterra do século XVI. É um pedaço da história por si só”, afirmou.
Sian Collins, ex-arquivista de Cambridge, identificou o fragmento pela primeira vez em 2019, enquanto catalogava documentos da propriedade Huntingfield Manor, pertencente à família Vanneck de Heveningham, em Suffolk. As páginas, usadas como capa para um registro de terras, haviam sido registradas erroneamente como parte de um conto do século X(V sobre Sir Gawain.
Contudo, Collins, que atualmente chefia o setor de coleções especiais e arquivos da Universidade de Gales Trinity Saint David, percebeu que o texto estava em francês antigo — a língua da corte inglesa após a Conquista Normanda de 1066 — e identificou nomes como Gawain e Excalibur no manuscrito.
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