18 de fevereiro de 2025 às 10:44 - Atualizado às 11:17
Momento que ex-prefeito fala em vídeo, no hospital e na maca. Fotos: Reprodução. Arte: Portal de Prefeitura
O ex-prefeito de Taboão da Serra, José Aprigio (Podemos), desembolsou R$ 85 mil para adquirir o fuzil utilizado na encenação da tentativa de homicídio contra ele durante a campanha municipal de outubro de 2024.
Além disso, seus secretários participaram da negociação que previa o pagamento de R$ 500 mil a cinco atiradores e comparsas.
As informações fazem parte do acordo de delação premiada firmado por um dos três presos no caso. O Ministério Público (MP) homologou a colaboração, que integra o inquérito da Polícia Civil.
As investigações apontam Aprigio e pelo menos mais nove pessoas como suspeitos de associação criminosa e tentativa de homicídio.
"José Aprigio queria contratá-los para 'dar um susto' nele, a fim de chamar a atenção da mídia e poder alavancar a candidatura à prefeitura municipal", revelou o delator em um trecho do documento.
Com base nas declarações do delator e em outras provas coletadas durante a investigação, a Delegacia Seccional e a Promotoria da cidade deflagraram, nesta segunda-feira (17), a "Operação Fato Oculto". O objetivo da ação foi prender alguns dos envolvidos no crime.
Segundo o preso colaborador, só não estava previsto o fato de que os tiros de fuzil atravessariam a blindagem e atingiriam o prefeito. "Foi o próprio prefeito quem pediu para atirar no vidro do veículo" pois ele e seus secretários acreditavam que os disparos não perfurariam os vidros blindados.
De acordo com policiais, a blindagem do carro do prefeito seria resistente somente a tiros de armas de menor calibre.
Vídeos gravados pela comitiva de Aprigio o mostravam sangrando no carro. Depois, foram feitas postagens do prefeito no hospital contando que havia fraturado a clavícula.
Todas as imagens foram postadas nas redes sociais do político e acabaram viralizando. Mesmo assim, Aprigio não conseguiu se reeleger.
"O conjunto probatório carreado mostra-se hígido em comprovar que não houve tentativa de homicídio contra o prefeito José Aprígio, nos termos por ele descrito, mas um embuste voltado a reverter a vontade dos eleitores de Taboão da Serra, legitimamente expressada nas urnas", informa o relatório policial.
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As entrevistas foram realizadas entre os dias 20 e 25 de março, antes do Supremo aceitar por unanimidade a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro na quarta-feira (26).
Segundo o delegado responsável pelo caso, o homem tentou matar a criança na segunda-feira de noite, estrangulando-o, mas ela recobrou os sinais vitais.
A medida de antecipar o 13º salário foi uma proposta do governo para amenizar os impactos econômicos enfrentados pelos beneficiários do INSS,
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