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BRASIL: Inflação volta para meta após 2 anos, aponta IBGE

12 de janeiro de 2024 às 09:27

Pela primeira vez desde 2020, a inflação oficial do País voltou a fechar dentro do chamado intervalo de tolerância da meta que tem de ser atingida anualmente pelo Banco Central. Pelos dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira, 11, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variação de 4,62% no ano passado - para uma meta de 3,25%, com teto de 4,75%. O índice havia estourado o limite superior da meta nos dois anos anteriores: em 2022 (5,79%) e 2021 (10,06%).

Se por um lado a desaceleração da alta de preços é uma boa notícia para o consumidor, por outro vai reduzir o espaço para gastos do governo neste ano, conforme previsto na nova regra fiscal (mais informações na pág. B3). Produtos não alimentícios como gasolina e planos de saúde foram os responsáveis pela maior parte do IPCA no ano passado.

Houve uma aceleração da inflação no fim do ano passado, saindo de 0,28%, em novembro, para 0,56% em dezembro. Neste caso, alimentos e passagens aéreas foram os itens que mais pesaram.

O resultado de dezembro superou as estimativas mais pessimistas de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma variação entre 0,38% e 0,55%. O resultado, porém, foi o mais brando para meses de dezembro desde 2018.

Ele afirmou que a dinâmica da inflação de serviços merece atenção para a condução da política monetária, em um cenário com mercado de trabalho ainda aquecido e uma política fiscal expansionista.

Produtos não alimentícios puxam variação da inflação em 2023

A alta média de 5,62% nos preços de produtos não alimentícios respondeu por 95% da inflação oficial do País em 2023, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os 10 itens com maior impacto para o resultado geral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apenas dois foram alimentos: arroz (24,54%) e refeição fora de casa (alta de 4,34%).

Os demais foram não alimentícios: passagem aérea (47,24%), emplacamento e licença (21,22%), gasolina (12,09%), plano de saúde (11,52%), ensino fundamental (10,63%), taxa de água e esgoto (10,08%), energia elétrica residencial (9,52%) e condomínio (6,74%).

Os transportes, em geral, pesaram mais no orçamento doméstico. A alta na gasolina fez o item exercer a maior pressão no ano, responsável por 0,56 ponto porcentual do IPCA.

A alta de 21,22% no emplacamento e licença, segundo maior impacto no IPCA, respondeu por 0,53 ponto porcentual.

Outra alta relevante foi o das passagens aéreas, que contribuíram com 0,32 ponto porcentual no acumulado do ano, quinta maior pressão sobre a inflação.

No caso dos planos de saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fixou em junho reajustes de até 9,63% para novos planos individuais. Houve alta também de 5,83% dos produtos farmacêuticos, após a autorização de reajuste de até 5,6% nos preços dos medicamentos.

A alta na energia elétrica residencial no ano ocorreu a despeito de ter vigorado, ao longo de todo o ano de 2023, a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional nas faturas. Ainda em habitação, ficou mais cara em 2023 a taxa de água e esgoto.

A inflação de bens e serviços monitorados pelo governo encerrou o ano passado com alta de 9,12%, quase o dobro do resultado global do IPCA no período.

Mercado

O banco Santander Brasil avalia que o resultado do IPCA do ano passado mostra um quadro ainda "benigno", sinalizando "que o processo de desinflação foi definitivamente bem-sucedido, embora ainda não tenha sido concluído".

Para o chefe de pesquisa macroeconômica da gestora Kínitro Capital, João Savignon, a surpresa com a aceleração da inflação em dezembro (que chegou a 0,56%) não deve alterar o plano de voo do Banco Central para a condução da política monetária - com a manutenção do ritmo de corte da taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto porcentual pelo menos nas duas próximas reuniões do Copom.

Alimentação

No mês de dezembro, as famílias gastaram 1,11% mais com alimentação e bebidas.

Houve elevações em dezembro da batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%). Já o leite longa-vida ficou mais barato pelo sétimo mês consecutivo, com queda de 1,26% em dezembro.

Apesar dos aumentos de preços na reta final do ano passado, a safra agrícola recorde ajudou a deter a inflação de alimentos em 2023. O custo das famílias com alimentação e bebidas subiu 1,03% no ano, menor resultado desde 2017 - uma contribuição de 0,23 ponto porcentual para a taxa de 4,62% registrada pelo IPCA em 2023. Alguns itens, porém, tiveram aumentos expressivos no ano passado. O morango teve alta de 75,56%; o pepino, 54,43%; e a abobrinha, 44,91%.

Estadão Conteúdo

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