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Ações da Vale (VALE3) caem e atingem menor valor desde abril; entenda motivos

No acumulado da semana, a queda já soma 3,55%, refletindo a preocupação dos investidores.

Isabella Lopes

20 de junho de 2025 às 13:41   - Atualizado às 13:43

Fachada da Vale.

Fachada da Vale. Foto: Reprodução/ Internet

As ações da Vale (VALE3) abriram esta sexta-feira, 20 de junho, em queda e continuam em tendência de baixa. Até as 12h07, os papéis registravam uma desvalorização de 1,87%, sendo negociados a R$ 50,28, o menor valor desde 9 de abril deste ano. No acumulado da semana, a queda já soma 3,55%, refletindo a preocupação dos investidores com o cenário internacional.

Analistas de mercado apontam que o desempenho da Vale está diretamente ligado a fatores externos, principalmente relacionados ao mercado chinês, maior comprador global de minério de ferro, principal produto exportado pela empresa. A economia da China enfrenta um ritmo mais lento de crescimento desde o fim da pandemia, mesmo com os estímulos implementados pelo governo local.

A redução no ritmo de expansão do país asiático levanta dúvidas sobre a demanda por commodities metálicas, especialmente o minério de ferro. Com a expectativa de menor consumo, o mercado reage com cautela e as ações da Vale sentem o impacto direto.

“Uma China crescendo menos significa uma menor demanda por minério, que tende a se manter em um patamar mais baixo e impactar diretamente as receitas da Vale”, explica Alexandre Pletes, head de renda variável da Faz Capital.

Outro fator que influencia negativamente é a desvalorização do dólar frente ao real. Como a maior parte das receitas da Vale é em moeda americana, a queda do dólar afeta a conversão dos ganhos para a moeda brasileira. Em junho, a moeda norte-americana já acumula queda de 3,7%. No total de 2025, o recuo é de quase 11%.

A escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China também adiciona mais instabilidade ao cenário. Com o anúncio de tarifas adicionais sobre produtos chineses, investidores temem novos impactos sobre a economia do país asiático, o que pode refletir novamente sobre o consumo de insumos industriais como o minério.

Além disso, o mercado já se prepara para um período sazonalmente mais fraco na demanda por minério de ferro. De acordo com análise da Ágora Investimentos, esse momento costuma gerar pressão sobre os preços da commodity e aumenta a aversão ao risco por parte dos investidores que aplicam em ações ligadas ao setor.

Apesar do recuo dos papéis, a Ágora segue otimista com o desempenho da VALE3 no longo prazo. Em relatório recente, a casa de investimentos manteve recomendação de compra e estimou um preço-alvo de R$ 78 até dezembro, o que representa uma potencial valorização de 55% em relação aos valores atuais.

Mesmo com o cenário adverso, a corretora destaca que o preço do minério de ferro deve se manter próximo de US$ 100 por tonelada, apoiado na alta demanda das siderúrgicas chinesas, na redução de estoques e na lucratividade da indústria do aço em 2025. Nesse contexto, a Vale deve continuar gerando entre 10% e 13% do seu valor de mercado em caixa nos próximos dois anos.

A expectativa também é positiva em relação à remuneração dos acionistas. A Ágora projeta um Dividend Yield anualizado de 10% no segundo semestre de 2025, reforçado por uma gestão que, segundo o relatório, se mantém “comprometida em garantir uma distribuição saudável de lucros, seja por meio de dividendos ou recompra de ações”.

O desempenho da VALE3 seguirá atrelado à dinâmica do mercado externo e à cotação do minério, que permanecem como fatores-chave para o comportamento das ações nos próximos meses.


 

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