06 de setembro de 2024 às 13:10 - Atualizado às 13:10
Lula e Silvio Almeida. Foto: Divulgação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na manhã desta sexta-feira, 6 de setembro, que se reunirá à tarde com o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, para discutir sobre as denúncias de assédio sexual (veja vídeo abaixo). As acusações apontam que uma das supostas vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Em entrevista à Rádio Difusora de Goiânia, onde cumpre agenda de inaugurações e anúncios de investimentos para Goiás, Lula comentou sobre a situação.
"Fiquei sabendo disso ontem e pedi ao AGU e ao CGU que conversassem com as pessoas até hoje às 14h30. O que posso antecipar é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Mas é preciso ter bom senso e permitir o direito à defesa, a presunção de inocência; ele tem o direito de se defender. Estou em uma luta intensa contra a violência contra as mulheres. Meu governo prioriza transformar as mulheres em uma parte importante da política nacional. Portanto, não posso permitir que haja assédio", declarou o presidente.
"Vamos ter que apurar corretamente. Mas acho que não é possível a continuidade no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso, à defesa das mulheres, inclusive dos direitos humanos, com alguém acusado de assédio", continuou.
Ariel de Castro, que ocupou o cargo por menos de cinco meses, foi exonerado após desentendimentos com o ministro Silvio Almeida. Segundo Castro, Almeida teria se sentido "melindrado" pela participação do ex-secretário em uma reunião com a primeira-dama Janja sem a presença do ministro.
“Quando saí, em maio de 2023, fiquei sabendo que ele e alguns dos assessores dele, a mando dele, justificaram que eu não teria competência e que era insubordinado, porque não aceitava ordens de um ministro negro, dando a entender que eu seria racista. Sofri muito com isso. Mas agora a verdade apareceu, e o país todo sabe quem ele é”, declarou.
O advogado também afirmou entender ser difícil manter Almeida no cargo e disse que, “se ele errou, que responda”.
“Acho que ficou difícil ele se manter na função. Gerou um descrédito na luta pelos direitos humanos no Brasil. A imagem dessa luta histórica e fundamental saiu bastante abalada. Momento triste pra todos nós que militamos nessa área”, disse.
Em resposta às acusações, Silvio Almeida negou os fatos e, em nota divulgada na quinta (5), anunciou que acionará a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Justiça para investigar o que classificou como "denunciação caluniosa".
“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país. De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso. Confesso que é muito triste viver tudo isso, dói na alma”, diz o gestor da pasta.
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