A decisão, compartilhada com a Presidente do TSE, Ministra Cármen Lúcia, aponta para possíveis indícios de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.
Ministro do STF Alexandre de Moraes e candidato a prefeito, Pablo Marçal Fotos: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil /// Reprodução/ Redes Sociais
O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou o candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, a depor em até 24 horas devido ao uso da plataforma X durante o período de proibição.
A decisão, compartilhada com a Presidente do TSE, Ministra Cármen Lúcia, aponta para possíveis indícios de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.
Com o X bloqueado, a Polícia Federal monitorava o uso excessivo da ferramenta, já que Moraes havia imposto multas pelo uso da plataforma durante a suspensão.
Neste sábado (5), a PF notificou o STF sobre o uso da conta @pablomarcal para várias postagens, incluindo uma que exibia um laudo falso contra Guilherme Boulos (PSOL).
"A conduta de PABLO HENRIQUE COSTA MARÇAL, em tese, caracteriza abuso do poder econômico e no uso indevido dos meios de comunicação, sendo grave a afronta à legitimidade e normalidade do pleito eleitoral, podendo acarretar a cassação do registro ou do diploma e inelegibilidade", escreveu Moraes.
Segundo a decisão, a Polícia Federal “identificou intensa atividade nos últimos dias a partir do dia 2 de outubro de 2024. Na madrugada e na manhã deste dia, 5 de outubro de 2024, foram postados diversos vídeos de uma corrida em campanha eleitoral”.
A divulgação de um suposto receituário médico por Pablo Marçal (PRTB), alegando que Guilherme Boulos (PSOL) teria sido internado em 2021 por uso de drogas em uma clínica no Jabaquara, zona sul de São Paulo, acrescenta mais um capítulo à disputa pela Prefeitura da capital.
Porém, logo após a publicação, foram identificadas incoerências e controvérsias no documento apresentado por Marçal.
Em resposta ao post de Marçal, Boulos iniciou uma transmissão ao vivo no Instagram, afirmando que o documento divulgado por seu adversário é falso e que o dono da clínica mencionada seria um apoiador de Marçal.
"Olha o nível que o cidadão chegou: falsificação de documento", disse o candidato do PSOL.
O laudo, divulgado por Marçal nesta sexta-feira, 4, no Instagram, já foi removido pela rede social. O documento afirmava que, às 16h45 do dia 19 de janeiro de 2021, Boulos teria dado entrada na Mais Consulta Clínica Médica com um quadro de surto psicótico grave.
Segundo o texto, um exame toxicológico apresentado por um acompanhante de Boulos indicaria resultado positivo para uso de cocaína.
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O ex-presidente foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal no mês de setembro a 27 anos e 3 meses de prisão em regime inicial fechado por crimes contra a democracia.
A formalidade oficializa o resultado do processo, encerrado na última sexta, 14 de novembro.
A discussão teve início em 2016, quando dois cidadãos tentaram registrar uma chapa sem partido para a Prefeitura do Rio de Janeiro.
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