Alexandre de Moraes e Wladmir Matos Soares Fotos: Bruno Peres/Agência Brasil e Reprodução/ Redes Sociais
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na quinta-feira, 22 de maio, a transferência do policial Wladmir Matos Soares, um dos réus pela trama golpista, para a Ala 5 do presídio da Papuda, localizada no Distrito Federal. O pavilhão é destinado a ex-policiais.
Soares foi transferido após a Polícia Militar do DF relatar risco de fuga. A corporação citou como indícios de fuga as "peculiaridades" do 19° Batalhão, que também está localizado na Papuda, e o perfil do custodiado.
Na terça-feira (20), Wladmir Matos se tornou réu na ação penal do Núcleo 3 da trama golpista. De acordo com as investigações, em 2022, o policial atuou como "elemento auxiliar" do Punhal Verde-Amarelo, plano golpista que, segundo a Polícia Federal (PF), seria executado para matar diversas autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes.
Em um dos áudios obtidos pelos investigadores, o policial disse que estava disposto a agir para evitar a posse de Lula. Na conversa, Wladmir estava inconformado com a decisão das Forças Armadas de não aderir à proposta golpista.
A defesa de Wladmir Matos alega que áudios encontrados com o policial federal não tratavam de mensagens sigilosas sobre a segurança de Lula. Segundo os advogados, as informações eram públicas e foram publicadas pela imprensa.
O ministro Alexandre de Moraes decidiu na quinta-feira (22) manter a prisão do general Braga Netto, preso no âmbito das investigações do inquérito da tentativa de golpe de Estado.
O general da reserva e vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022 está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no país para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele é um dos réus do núcleo 1 da trama golpista, grupo que também inclui o ex-presidente e o general Augusto Heleno.
Segundo Moraes, a soltura de Braga Netto pode atrapalhar o andamento da ação penal sobre a tentativa de golpe. O ministro citou o depoimento prestado na quarta-feira, 21 de maio, ao Supremo, pelo ex-comandante da Aeronáutica Baptista Júnior, que relatou ameaças contra seus familiares.
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A Justiça de Minas Gerais determinou que o condenado por participar da invasão ao Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro fosse solto na última quarta-feira (18).
O magistrado foi indicado para a Corte pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002, no final do segundo mandato de FHC.
O voto do ministro foi proferido no julgamento virtual da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Diego.
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