13 de março de 2025 às 20:39 - Atualizado às 20:39
Senador Davi Alcolumbre e deputado federal Gustavo Gayer Fotos: Roque de Sá/Agência Senado e Mário Agra/Câmara dos Deputados
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), entrará com uma ação judicial contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) e pedirá sua cassação no Conselho de Ética da Câmara pelas falas do parlamentar sobre ele e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT).
Na última quarta-feira, 12, Gayer publicou no X (antigo Twitter) uma insinuação de que Alcolumbre formaria um "trisal" com Gleisi e seu marido, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).
A provocação veio após o presidente Lula dizer que colocou uma "mulher bonita" na articulação política porque quer ter uma boa relação com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do Senado. Questionado, Gayer afirmou que "jamais quis ofender ou depreciar" Alcolumbre.
Questionado, Gayer afirmou que "apenas questionou" se Lindbergh aceitaria as "falas repugnantes" do presidente Lula, e que "jamais quis ofender ou depreciar" Alcolumbre.
"Caso o presidente Alcolumbre tenha se sentido ofendido, quero deixar bem claro que minhas críticas não se referiam a ele, mas sim ao chefe do Poder Executivo em razão de sua atitude desrespeitosa para com uma de suas Ministras", afirmou.
Alcolumbre confirmou que avalia "fortemente" uma representação contra Gayer e afirmou estar consultando advogados para formalizar a ação.
"Estou avaliando com os advogados, analisando a representação sobre a fala do deputado federal em relação ao episódio que envolve um deputado federal, um senador da República e uma ministra de Estado", afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de o caso ser interpretado como liberdade de expressão, o presidente do Senado rebateu:
"O que está dificultando no Brasil é que as pessoas agridem as outras sem considerar o que elas estão favorecendo. Isso está dificultando o país", disse Alcolumbre em conversa com jornalistas.
O PT também acionará o Conselho de Ética da Câmara para pedir a cassação de Gayer e levará o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Lindbergh Farias, líder da bancada do PT na Câmara, reagiu e chamou Gayer de "canalha", "assassino" e "esgoto" em uma publicação no X.
Já Gleisi Hoffmann saiu em defesa do presidente Lula e repudiou os ataques que classificou como "canalhas, misóginos e machistas" e afirmou que não se intimidará.
"Oportunistas tentam desmerecer o presidente Lula. Gestos são mais importantes que palavras", declarou a ministra.
Estadão Conteúdo
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A relatora, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), trabalha na busca de solução, junto ao Supremo Tribunal Federal, para que os convocados possam depor.
A comissão tinha marcado para esta quarta-feira, 9 de abril, a reunião que iria votar a proposta que extingue a reeleição para os chefes do Executivo.
Flávio Bolsonaro, autor da proposta, argumenta que, por lidar com disputas jurídicas envolvendo questões delicadas como liberdade, família e patrimônio, os profissionais podem se tornar alvos de ameaças.
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