15 de abril de 2025 às 15:29 - Atualizado às 15:40
Reitores da UFPE, URFPE, Univasf e Ufap se reuniram para cobrar recompoisição de orçamento ao Governo Lula Foto: Rafael Vieira/DP
Em coletiva realizada nesta terça-feira (15), os reitores das universidades federais de Pernambuco emitiram um alerta contundente: sem reforço orçamentário imediato por parte do Governo Federal, as instituições podem entrar em colapso ainda em 2025. Segundo os gestores, faltam recursos para pagar contratos, manter os serviços essenciais e garantir a assistência estudantil.
O encontro ocorreu na sede da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e contou com a presença do reitor Alfredo Gomes (UFPE), da reitora Maria José Sena (UFRPE), do reitor Télio Nobre Leite (Univasf) e do reitor Airon Melo (Ufape).
Alfredo Gomes foi enfático: “Se não houver reajustes nos repasses, só temos verbas até agosto. Depois disso, teremos que cortar contratos e afetaremos diretamente a assistência aos estudantes”. Ele também destacou que o orçamento de 2025 da UFPE é inferior ao de 2024, o que torna inviável o funcionamento pleno da universidade. “Estamos operando com uma liberação de 1/18 avos por mês, o que torna impossível honrar compromissos mensais”, lamentou.
A situação é semelhante na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), onde, segundo a reitora Maria José Sena, a instituição já enfrenta notificações de corte de energia e acumula uma dívida de R$ 7,7 milhões apenas em 2024. Para fechar o ano, seriam necessários R$ 32 milhões. “Daqui a pouco, não teremos nem como abrir as portas em janeiro de 2026”, alertou.
Na Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), o reitor Télio Nobre afirmou que o orçamento só cobre despesas até setembro. A instituição tem reduzido contratos e despesas em diversas áreas, mas o impacto já é visível. “Reduzimos em mais de 40% algumas despesas, mas isso compromete seriamente a operação da universidade”, explicou. Ele lembrou que 30% do orçamento é consumido apenas com água e energia.
Na Ufape, o cenário também é crítico. O reitor Airon Melo foi direto: “Depois de agosto, a situação será insustentável. Não aguentaremos mais”.
Os reitores reforçaram a necessidade de mobilização conjunta e cobraram do Ministério da Educação e do Governo Federal uma recomposição orçamentária imediata. Somente a UFPE, por exemplo, precisa de R$ 13 milhões por mês para manter seus mais de 60 contratos ativos e garantir o suporte à assistência estudantil. O orçamento atual disponível, no entanto, é de apenas R$ 10 milhões mensais.
Para Alfredo Gomes, a redução orçamentária é incompatível com o crescimento das universidades nos últimos anos. “Em 2014, o orçamento da UFPE era de R$ 213 milhões. Em 2025, é de R$ 170 milhões. Perdemos mais de R$ 40 milhões, mesmo com mais cursos, mais estudantes e mais demandas estruturais”, afirmou.
A coletiva representa um movimento conjunto das universidades federais de Pernambuco, que esperam sensibilizar o Governo Federal e pressionar por uma ação imediata para garantir a continuidade do ensino superior público no estado.
Da redação do Portal com informações do Diário de Pernambuco
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