15 de fevereiro de 2024 às 11:55
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, destoou de seu presidente do PSDB, Marcone Perillo, ao defender que o partido adote uma postura de independência quanto ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A legenda atualmente está na oposição, o que contraria o interesse da gestora que cada vez mais se aproxima de Lula. Ela declarou ainda que a sigla precisa “se reencontrar com a própria história”.
"É um partido que me deu espaço e me permitiu estar aqui. Mas sempre temos discussões internas sobre que rumos o PSDB deve tomar, o que se quer para o futuro".
"O PSDB tem que se reencontrar com a sua própria história e firmar uma estratégia para desenvolvimento do país e do próprio partido. A correlação de forças políticas mudou, e o partido, que diminuiu muito nas últimas décadas, precisa encontrar o caminho diante deste novo contexto. Temos uma discussão sobre o posicionamento em relação ao governo federal. O PSDB se posicionou sendo oposição ao governo do presidente Lula. Eu sempre defendi a postura de independência, considerando que o nosso país precisa voltar a crescer sem deixar ninguém para trás".
"O país carece de políticas públicas estruturadas, que permitam gerar mais emprego, renda, garantir investimentos em infraestrutura e uma saúde pública de mais qualidade. E, para isso, exige-se uma grande concertação nacional. O partido deve voltar com uma postura de independência".
"A gente não teve uma conversa mais profunda, mas na última vez em que estive com ele, coloquei esse tema como uma das minhas preocupações e inquietações. O posicionamento do partido será sempre de respeitar a minha posição. Mas a gente precisa ter um debate mais amplo ainda".
"São duas coisas distintas. O PSDB não está impedido de lançar uma candidatura nacional, porque sempre apresentou candidaturas. Isso não se choca com o posicionamento em relação ao governo que hoje está liderando o país".
"De maneira geral, na política, há muita dificuldade de renovação de quadros. O fato de eu, Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) sermos governadores já demonstra renovação. Mas não é simples, né? Os partidos precisam estar mais abertos. Defendo que na regra da distribuição do fundo eleitoral haja clareza, privilegiando o lançamento de novos nomes que permitam essa renovação orgânica".
"Muito pelo contrário. O PSDB sabe das dificuldades que existem quando se trata de uma mulher ocupando o espaço do poder. Neste caso, de uma nordestina, primeira governadora de Pernambuco. Enfrento todos os dias na política algum tipo de violência, muitas vezes velada. Tantas outras são explícitas, como a que foi colocada na semana passada".
"Não haveria como. Não haveria tantos outros questionamentos como existem aqui em Pernambuco. Dê um Google e olhe como se trata de forma diferente homens e mulheres que ocupam os mesmos cargos. Os adjetivos que se usam, a forma como a gente é julgada, os questionamentos que se fazem... São muito diferentes. Certamente, se eu fosse um homem governador, não teria aquilo".
"Estou no PSDB e sou grata ao partido, porque ele me permitiu estar onde estou e disputar todas as eleições em que me coloquei. Isso não muda por enquanto".
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