10 de novembro de 2023 às 19:22
Como parte da Operação de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, a Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira (10) um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão na Vila Sudoeste, zona rural de São Félix do Xingu, no Pará.
Foi preso preventivamente o presidente de uma associação, investigado pelos crimes de invasão e exploração econômica da Terra Indígena Trincheira Bacajá. Ele teria induzido e mantido os invasores das terras indígenas com a falsa promessa de regularização da área invadida, além de incitar o grupo a descumprir ordem judicial que determinava a desintrusão da Terra Indígena.
Quanto aos mandados de busca e apreensão, foram alvo: o líder da associação e a mulher dele, o diretor/supervisor educacional e o professor de uma escola Municipal de Ensino Fundamental, instalada de forma irregular na Terra Indígena. A ação contou com o apoio da Força Nacional.
"Agora vamos verificar se ainda existe moradores, se existe gado nos locais. Havendo o esvaziamento, a gente deve começar a fazer a inutilização dessas áreas para que não haja retorno nem de gado, nem de pessoas para dentro da terra indígena", detalhou o coordenador da operação de desintrusão, Nilton Tubino.
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Segundo a corporação, mesmo após o desmonte da estrutura montada no governo Jair Bolsonaro, o suspeito seguiu divulgando mentiras nas redes sociais, inclusive enviando o material a "agentes estrangeiros, induzindo-os ao erro".
Os indivíduos ainda mantinham uma fábrica onde trabalhadores paraguaios seriam explorados em condições análogas à escravidão para a produção.
As ações aconteceram entre os dias 4 e 6 de outubro em todo o Estado.
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