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Paulo Câmara assina carta de revogação de decreto do porte de armas

22 de maio de 2019 às 10:08

[caption id="attachment_12778" align="aligncenter" width="719"] Foto: Divulgação[/caption]
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) assinou, em conjunto com outros 13 líderes estaduais, uma carta em que pedem a revogação do decreto do porte de armas assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Foi publicado o texto nas redes sociais dos governadores e será protocolado no Palácio do Planalto. Além de ser direcionado ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Paulo Câmara, assinaram a carta os chefes dos executivos estaduais do Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Bahia) e de Distrito Federal, Espírito Santo, Amapá, Tocantins e Pará. O decreto assinado por Jair Bolsonaro no início do mês amplia a possibilidade de acesso ao porte de armas por diversas categorias, entre elas advogados, conselheiros tutelares, agentes de trânsito, políticos e caminhoneiros.
“É urgente a implementação de ações que melhorem a rastreabilidade das armas de fogo e munições durante toda a sua existência, desde sua produção. Também é fundamental aumentar os meios de controle e fiscalização para coibir os desvios, enfrentar o tráfico ilícito e evitar que as armas que nascem na legalidade caiam na ilegalidade e sejam utilizadas no crime. Reconhecemos que essas não são  soluções mágicas, mas são condições necessárias para a melhoria de nossa segurança pública”, diz um trecho do documento. Para os governantes estaduais, ainda há riscos de que eventuais conflitos e brigas entre cidadãos “terminem em tragédias”.
Veja a carta na íntegra:
"Como governadores de diferentes estados do país, manifestamos nossa preocupação com a flexibilização da atual legislação de controle de armas e munições em razão do decreto presidencial n. 9.785 (07 de maio de 2019) e solicitamos aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União que atuem tanto para sua imediata revogação como para o avanço de uma efetiva política responsável de armas e munição no país. 
 
Sabemos que a violência e a insegurança afetam grande parte da população de nossos estados e que representam um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento humano e econômico do Brasil. Nesse contexto, a grande disponibilidade de armas de fogo e munições que são usadas de maneira ilícita representa um enorme desafio para a segurança pública do país e é preciso enfrentá-lo. 
 
Por essa razão, é urgente a implementação de ações que melhorem a rastreabilidade das armas de fogo e munições durante toda a sua existência, desde sua produção. Também é fundamental aumentar os meios de controle e fiscalização para coibir os desvios, enfrentar o tráfico ilícito e evitar que as armas que nascem na legalidade caiam na ilegalidade e sejam utilizadas no crime. Reconhecemos que essas não são  soluções mágicas, mas são condições necessárias para a melhoria de nossa segurança pública.
 
Diante deste cenário, e a partir das evidências disponíveis, julgamos que as medidas previstas pelo decreto não contribuirão para tornar nossos estados mais seguros. Ao contrário, tais medidas terão um impacto negativo na violência – aumentando por exemplo, a quantidade de armas e munições que poderão abastecer criminosos – e aumentarão os riscos de que discussões e brigas entre nossos cidadãos acabem em tragédias. 
 
As soluções para reverter o cenário de violência e insegurança no país serão fortalecidas com a coordenação de esforços da União, Estados e Municípios para fortalecer políticas públicas baseadas em evidências e para implementar o Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, fortalecendo a prevenção focalizada nas populações e territórios mais afetados pela violência e a repressão qualificada da criminalidade. 
 
Reforçamos nosso compromisso com o diálogo e com a melhoria da segurança pública do país. Juntos, podemos construir um Brasil seguro para as atuais e futuras gerações."
 
IBANEIS ROCHA (MDB)
Governador do Distrito Federal 
 
FLÁVIO DINO (PCdoB) 
Governador do Estado do Maranhão 
 
WELLINGTON DIAS (PT) 
Governador do Estado do Piauí 
 
PAULO CÂMARA (PSB) 
Governador do Estado de Pernambuco 
 
CAMILO SANTANA (PT)
Governador do Estado do Ceará 
 
JOÃO AZEVEDO (PSB)
Governador do Estado da Paraíba
 
RENATO CASAGRANDE (PSB)
Governador do Estado do Espírito Santo 
 
RUI COSTA (PT)
Governador do Estado da Bahia 
 
FÁTIMA BEZERRA (PT)
Governadora do Estado do Rio Grande do Norte
 
RENAN FILHO (MDB)
Governador do Estado de Alagoas
 
BELIVALDO CHAGAS (PSC)
Governador do Estado de Sergipe
 
WALDEZ GÓES (PDT)
Governador do Estado do Amapá
 
MAURO CARLESSE (PHS)
Governador do Estado do Tocantins
 
HELDER BARBALHO (MDB)
Governador do Estado do Pará

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