Em discurso ao lado de Valdecy Urquiza, primeiro brasileiro a comandar a instituição, o presidente afirmou que combater essas ações se tornou um grande desafio.
Lula em visita à sede da Interpol. Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta contundente sobre o avanço do crime organizado em diversas áreas da sociedade, durante visita à sede da Interpol em Lyon, na França, nesta segunda-feira, 9 de junho.
Em discurso ao lado de Valdecy Urquiza, primeiro brasileiro a comandar a Interpol, Lula afirmou que o combate às organizações criminosas se tornou o maior desafio para as forças de segurança no mundo.
"O crime organizado não é mais uma simples quadrilha. São verdadeiras empresas multinacionais que infiltram política, Judiciário, futebol e até a cultura", declarou o presidente.
A fala dele reforça a complexidade do cenário enfrentado por polícias e governos em todo o planeta. Segundo o chefe do executivo, o papel das forças de segurança nunca foi tão desafiador quanto agora.
"Meu caro Valdecy, o papel da polícia no mundo hoje talvez seja o mais complicado da história. Esses grupos criminosos estão dentro de empresas e instituições que deveriam zelar pelo interesse público", afirmou.
Lula destacou ainda que a Polícia Federal tem ampliado sua presença internacional como estratégia para enfrentar o crime organizado de forma coordenada.
"Estamos presentes em todos os países da América do Sul. Criamos o Centro de Cooperação Internacional da Amazônia e fortalecemos a atuação na Tríplice Fronteira com Argentina e Paraguai para combater crimes financeiros e tráfico de drogas, armas e pessoas", explicou.
O presidente também ressaltou o elo entre segurança pública e preservação ambiental. De acordo com Lula, o combate ao crime ambiental é prioridade.
"Inutilizamos 60 milhões de dólares em maquinário de garimpos ilegais e apreendemos mais de 250 milhões de dólares em bens ligados a crimes ambientais. O Programa Ouro Alvo, com apoio da França, combate a extração e o comércio ilegal de ouro e mercúrio", disse.
Durante a visita à Interpol, Lula evitou citar o Poder Legislativo e o Executivo ao mencionar os espaços tomados por facções criminosas, embora investigações no Brasil apontem envolvimento de organizações como PCC e Comando Vermelho também nessas esferas.
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