12 de dezembro de 2024 às 08:18 - Atualizado às 08:33
Ministro Gilmar Mendes, do STF. Foto: Câmara Legislativa do DF/Reprodução
A Polícia Federal (PF) descobriu que um dos indiciados no inquérito do golpe compartilhou uma foto do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com o general da reserva Mario Fernandes, acusado de ser um dos articuladores do plano golpista durante no período final do governo de Jair Bolsonaro.
De acordo com a PF, o coronel da reserva do Exército Reginaldo Vieira de Abreu, um novos três indiciados na quarta-feira, 11 de dezembro, enviou a Fernandes uma foto de Gilmar Mendes no aeroporto de Lisboa, em Portugal, durante o embarque para Brasília. A viagem foi realizada no dia 20 de novembro de 2022.
Segundo a PF, Reginaldo estava no mesmo voo que o ministro. A foto foi descoberta no sistema de armazenamento em nuvem de Mário Fernandes, indiciado na primeira leva de 37 investigados.
A informação consta no relatório de indiciamento enviado na quinta ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito.
Na avaliação dos delegados responsáveis pelo caso, o monitoramento de Gilmar Mendes ocorreu durante o período de elaboração da chamada minuta do golpe, documento que, segundo a PF, foi produzido por aliados de Bolsonaro.
"Importante contextualizar que a foto foi enviada no mês de novembro de 2022, no período em que os investigados tinham elaborado a primeira versão da minuta de golpe de Estado que previa, dentre outras medidas de exceção, a prisão do ministro Gilmar Mendes, conforme depoimento prestado pelo colaborador Mauro Cesar Cid", diz o relatório.
Antes de ser indiciado, Reginaldo foi questionado pelos investigadores sobre a foto, mas permaneceu em silêncio e não respondeu às perguntas.
Com os três novos indiciamentos realizados hoje pela PF, o chamado inquérito do golpe passa a contar com 40 indiciados, entre eles, Jair Bolsonaro e os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno.
O ex-presidente Michel Temer (MDB) voltou a falar sobre a investigação da Polícia Federal (PF) que indiciou o também ex-chefe do Executivo federal Jair Bolsonaro (PL) e militares de alta patente por supostamente planejarem um golpe de Estado em 2022.
Em entrevista divulgada no último domingo, 8 de dezembro, pela revista Veja, Temer afirmou que ainda não se pode condenar os indiciados, mas que há "indícios fortíssimos" da intentona golpista.
"A investigação tem que ser feita. Houve, por tudo o que se sabe, por tudo o que a Polícia Federal já levantou, indícios fortíssimos. Agora, eles estão sendo investigados. Acho que a partir daí é que se pode chegar a alguma conclusão. Se o ex-presidente sabia ou não sabia, ele nega permanentemente, eu não saberia dizer", afirmou Temer.
O ex-presidente também repetiu que, no caso em questão, "talvez uns e outros das Forças Armadas pretendessem", mas que o conjunto delas "não quis o golpe".
Para Temer, a hipótese de uma quebra institucional é "difícil", já que avalia que "há uma consciência em todos os setores de que a democracia é o melhor sistema para o nosso País".
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