04 de setembro de 2024 às 15:55 - Atualizado às 15:57
Pablo Marçal, Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes. Foto: Divulgação
O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), afirmou nesta quarta-feira, 4 de setembro, durante sabatina promovida pelo UOL e pela Folha de S.Paulo, que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), precisa ser investigado por sua atuação na Corte.
O empresário também criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pelo apoio ao atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB): "Está do lado errado e enterrando sua carreira política."
Sobre a atuação de Moraes, que suspendeu a rede social X no País na última semana, Marçal rebateu as acusações de que estaria poupando o ministro de críticas. O empresário afirmou que "houve excessos" por parte do magistrado e que, por isso, sua conduta "precisa ser investigada". "Tem exagero sim, e precisa ser investigado", disse.
No entanto, Marçal não confirmou presença na manifestação do 7 de Setembro, organizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ato ocorrerá na Avenida Paulista no próximo sábado e terá como tema principal o impeachment de Moraes.
Quando questionado sobre a declaração de Tarcísio em um vídeo de campanha de Nunes veiculado na manhã desta quarta-feira, Marçal afirmou que o governador está "enterrando sua carreira política" ao apoiar o atual prefeito.
Na peça de campanha, Tarcísio diz: "O Pablo é a porta de entrada para o [Guilherme] Boulos [candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo]."
"Sua decisão de tocar no meu nome é errada porque isso vai manchar sua carreira política. Ele está do lado errado e enterrando sua carreira política", afirmou Marçal.
O empresário também afirmou que só será candidato a presidente em 2026, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "morrer até lá", já que acredita que Bolsonaro não terá condições de reverter sua inelegibilidade.
Marçal falou sobre suas propostas para a área habitacional, prometendo criar o "maior programa de moradia que o Brasil já viu". O empresário aproveitou o tema para provocar o adversário político Guilherme Boulos, afirmando que "ninguém vai invadir a casa de ninguém". Boulos, que já liderou o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), é criticado por seu histórico de atuação no movimento.
Quanto às propostas para a educação, Marçal criticou o modelo escolar da capital paulista, alegando que está ultrapassado, e afirmou que pretende implantar uma "mentalidade empreendedora" entre os jovens, incluindo matérias como inteligência financeira e empreendedorismo no sistema de ensino.
O candidato também propôs a criação de "escolas olímpicas" com educação em tempo integral e esportes olímpicos para formar atletas de alto rendimento. "Vamos ter as crianças treinando. Centro olímpico custa R$ 1,5 milhão. Queremos fazer em todas as escolas. Isso é progressivo, não é no primeiro ano, no segundo", disse.
Com relação à segurança pública, Marçal afirmou ser favorável a triplicar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM), mas não detalhou como os recursos necessários para financiar a medida seriam obtidos. "O problema é que todo mundo quer fazer em quatro anos, vai embora e o outro larga. A gente só tem política eleitoreira", disse.
Na terça-feira, 3, a pesquisa Real Time Big Data indicou um empate técnico na liderança entre três candidatos à Prefeitura de São Paulo. Marçal (PRTB) lidera numericamente no cenário estimulado, com 21% das menções, seguido pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), com 20% das intenções de voto, e pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que também aparece com 20%.
Nunes e Boulos estão empatados numericamente e ambos estão tecnicamente empatados com Marçal, dentro da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos porcentuais.
A deputada federal Tabata Amaral (PSB) tem 9%, seguida pelo apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), com 8%. A economista Marina Helena, do Novo, tem 3%. Tabata, Datena e Marina estão empatados tecnicamente. Entre Tabata e Marina, o empate ocorre no limite da margem de erro.
Estadão Conteúdo
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