Por decisão da Juiza Ana Cristina Mota, o inquérito que indiciou a ex-vereadora e hoje deputada federal,
Marília Arraes, do PT, baseado em uma denúncia anônima segundo a qual a ex-vereadora se apropriava dos salários de assessores, foi arquivada, atendendo a um pedido do Ministério Público de Pernambuco. Quando aos indícios de que a ex-vereadora manteria funcionários fantasmas, a Juíza entendeu que eram "frágeis": "o inquérito policial realmente não ofertou elementos probatórios suficientes para a instauração, neste momento, de uma ação penal. Nos depoimentos de fls. 53-60, 74-76, 84-94, 99-125, 182-196, 223-226, 229-238, 241-243 e 246-254 não constam indícios de que a investigada se apropriava de parte do salário destinado aos funcionários de seu Gabinete. Ademais, até o presente momento, também se mostram frágeis as provas relativas à existência de possíveis funcionários "fantasma" no mencionado local de trabalho", disse a Juiza.
O indiciamento da então vereadora pela titular da Decasp na época, delegada Patrícia Domingos, deu-se em meio a grande polêmica, porque ocorreu às vésperas das eleições em que a hoje deputada terminou eleita como a segunda mais votada no Estado, atrás apenas do próprio primo, João Arraes.