Nesta semana, surgiram rumores de que o prefeito de Maceió estaria de saída para o PSD, partido da base do governo do presidente petista.

Everthon Santos

11 de dezembro de 2024 às 12:55 - Atualizado às 12:55

Bolsonaro e JHC. Foto: Reprodução/ Redes Sociais

João Henrique Caldas (JHC), prefeito de Maceió, não vai se filiar ao PSD e permanecerá no PL, partido ao qual está vinculado. De acordo com informações do site GazetaWeb, a notícia foi rebatida por um interlocutor próximo ao prefeito, que afirmou que a informação sobre a mudança de partido era "furada".

Segundo a fonte do gazeta Web, JHC continuará no PL, refutando as especulações que surgiram após sua conversa com o presidente Lula, durante um evento em Brasília, na última segunda-feira, 9 de dezembro.

Apesar do diálogo com o presidente, JHC tem se mostrado mais focado em manter uma relação “institucional” com o governo federal, sem a necessidade de uma filiação partidária que o ligue diretamente à base governista.

Para o prefeito de Maceió, o PL oferece uma série de vantagens que tornam sua permanência mais estratégica, principalmente em relação à política estadual e nacional.

Um dos principais motivos que sustentam sua decisão de continuar no PL é o peso político da sigla. O partido ocupa a posição de maior bancada na Câmara dos Deputados, o que garante a JHC acesso a um tempo considerável de TV e ao maior fundo partidário, recursos fundamentais em qualquer projeto político. Além disso, no cenário alagoano, o comando do PL está sob a liderança do próprio prefeito, uma posição estratégica que ele não encontraria em outro partido, no momento.

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A imagem ilustra JHC ao lado de João e Campos e ao lado de Bolsonaro.

Situação

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Entenda

Na última segunda (9), o jornal O Globo informou que JHC havia tomado a decisão de deixar o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, para se filiar ao PSD, sigla que integra a base de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo O Globo, a troca de partido foi articulada em uma reunião realizada no último fim de semana, que contou com a presença de João Campos (PSB), prefeito do Recife, e Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro. Inicialmente, havia especulações de que JHC poderia retornar ao PSB, partido ao qual já foi filiado. No entanto, o prefeito alagoano optou por fechar acordo com Paes e ingressar no PSD, liderado nacionalmente por Gilberto Kassab.

Entre os fatores que motivaram a mudança, está a busca por mais recursos federais para a capital alagoana e a tentativa de garantir a nomeação de sua tia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O orçamento de Maceió para 2025 sofreu uma redução significativa, ultrapassando a marca de R$ 500 milhões. Esse cenário impulsionou JHC a buscar uma aproximação com o governo federal para facilitar o acesso a repasses e emendas. Ao migrar para o PSD, JHC fortalece sua articulação política com a base do governo Lula.

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