O evento, promovido pelo Partido da Causa Operária (PCO), levou a vereadora paulistana Cris Monteiro (Novo) a solicitar ao Ministério Público de São Paulo a abertura de uma investigação.
Irmão de ex-líder do Hamas diz que brasileiros mortos pelos extremistas eram "bandidos" Foto: Reprodução / Redes Sociais
Um ato realizado no Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em homenagem ao Hamas provocou forte reação política e social. O evento, promovido pelo Partido da Causa Operária (PCO), levou a vereadora paulistana Cris Monteiro (Novo) a solicitar ao Ministério Público de São Paulo a abertura de uma investigação. Segundo a parlamentar, trata-se de “uma das coisas mais repugnantes” que já presenciou.
A homenagem aconteceu na última terça-feira, 7 de outubro, data que marcou dois anos dos ataques terroristas do Hamas contra Israel, que resultaram em mais de 1,2 mil mortes, conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Durante o encontro, o médico palestino-brasileiro Ahmed Shehada, presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), fez uma declaração que gerou revolta ao afirmar que os brasileiros assassinados pelos extremistas eram “bandidos”.
Shehada é irmão de Salah Shehadeh, um dos líderes do grupo terrorista morto em 2002, e se naturalizou brasileiro em 2015. Em 2023, ele chegou a ser detido por mais de 24 horas no Aeroporto Internacional de Tocumen, no Panamá, ao tentar viajar para a Colômbia, onde participaria de um encontro da comunidade palestina. À época, disse ter sido alvo de “perseguição política” devido à sua origem e aos laços familiares com o Hamas.
A escolha do local da homenagem também gerou controvérsia. Inicialmente, o evento seria realizado na Academia Paulista de Letras (APL), mas a instituição cancelou a locação do auditório ao descobrir o teor da atividade. “A Academia foi consultada apenas sobre a possibilidade de locação do espaço. Tão logo teve conhecimento do conteúdo e do caráter da manifestação, recusou prontamente a cessão do auditório”, informou a APL em nota.
Após o cancelamento, o PCO divulgou um novo material de divulgação para anunciar o endereço substituto e criticar a decisão da Academia. “Frente ao apoio vergonhoso da APL a ‘Israel’ e ao genocídio em Gaza, fomos obrigados a mudar o local da manifestação”, dizia a nota do partido, que também acusou “pressão sionista e criminosa” contra o evento.
A fala de Ahmed Shehada e o tom da homenagem geraram ampla repercussão nas redes sociais e reacenderam o debate sobre a atuação de grupos políticos no Brasil que apoiam o Hamas, classificado como organização terrorista por diversos países, incluindo Estados Unidos e União Europeia.
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