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Instituto suspeito de EXTORQUIR CANDIDATOS fez PESQUISAS eleitorais em 47 cidades

A apuração teve início após uma denúncia anônima que indicava que um empresário sócio da empresa ameaçava políticos com a publicação de levantamentos desfavoráveis.

25 de outubro de 2024 às 19:47   - Atualizado às 20:46

Operação da Polícia Federal contra instituto de pesquisa eleitoral

Operação da Polícia Federal contra instituto de pesquisa eleitoral Foto: Divulgação / PF

 

A Polícia Federal descobriu transações suspeitas em espécie e registros de possíveis pesquisas eleitorais fraudulentas na residência do empresário Flávio Henrique da Silva, localizada na área de São José do Rio Preto, interior de São Paulo.

Ele está sob investigação por supostamente utilizar seu instituto para extorquir fundos de políticos em troca de resultados de pesquisas favoráveis. Sua firma, Publi QC, realizou pesquisas eleitorais em 47 municípios de São Paulo, segundo levantamento do Metrópoles

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A apuração teve início após uma denúncia anônima que indicava que o empresário ameaçava políticos do interior paulista com a publicação de pesquisas desfavoráveis, a menos que fossem feitos depósitos em uma loja de móveis em Ibirá, próxima a São José do Rio Preto.

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Durante as eleições em São José do Rio Preto, a PF executou mandados de busca e apreensão na casa de Flávio Henrique da Silva.

Uma pesquisa do instituto Publi QC, do qual ele é sócio, mostrava o candidato Itamar Borges (MDB) com 36,5% das intenções de voto, enquanto Coronel Fábio Cândido (PL) aparecia em terceiro lugar com 12%.

Contudo, os resultados do primeiro turno foram distintos, com Coronel Fábio liderando com 40,42% dos votos e Itamar Borges em segundo com 25,69%.

Em propriedades associadas a Flávio Henrique da Silva, foram confiscados R$ 157 mil em dinheiro, computadores e documentos.

Em sua residência, também foram encontrados vários extratos de transações financeiras da mencionada loja de móveis em Ibirá.

Ele afirmou aos oficiais que pertencia ao departamento comercial da loja, formalmente registrada em nome de outra pessoa. 

“Portanto, considerando o exposto, resta evidente que parte dos valores movimentados na conta bancária da empresa Mania Moveis são, na verdade, decorrentes da atividade fraudulenta praticada por Flávio Henrique da Silva”, afirmou a PF em nota.

No entanto, a PF afirma que Flávio nunca manteve um vínculo empregatício com a loja. Análises do Metrópoles baseadas em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que o Publi QC registrou pesquisas em 47 cidades do interior paulista.

 

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