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Foto: Roberto Stuckert Filho[/caption]
Exatamente uma semana depois das manifestações nas ruas de mais de 200 cidades em todos os estados do país contra o contingenciamento da educação, o líder do
PT no Senado, Humberto Costa (PE), participou de uma reunião com presidentes de partidos de esquerda (PT, PSB, PDT, PCdoB e PSOL) que fazem oposição ao governo Bolsonaro para avaliar o atual cenário político e para traçar estratégias.
De acordo com Humberto, o desgaste do governo e o quadro tão deteriorado estão levando o Brasil a um impasse complexo que exige das lideranças políticas muito diálogo e articulação. "O clima no Congresso Nacional está muito tenso. Os aliados do governo não aguentam mais os erros cometidos pelo Palácio do Planalto. É praticamente unânime essa posição. Mas eu não acredito que Bolsonaro vá renunciar, até porque ele não tem nada a ganhar. Os processos contra os familiares dele iriam seguir na Justiça, sem qualquer ingerência dele", resumiu.
"A velocidade com que o governo eleito se destruiu e ameaça levar o país a um completo caos social, econômico e político é o que mais me impressiona. Creio que as lideranças de todas as áreas da nação estejam dialogando em busca de uma saída que não comprometa ainda mais os brasileiros, principalmente os mais pobres", afirmou o líder petista.
Humberto lembrou que deputados e senadores estão atuando contra decretos e medidas do governo, como a Reforma da Previdência, a posse e o porte de armas. "Graças à pressão e a iniciativas da oposição e da sociedade, o governo tem recuado em muitas medidas", comentou.
"Saímos de um patamar de horror para o de assombro com essa possível queda de Bolsonaro. Os problemas do Brasil irão continuar, só que sem o espantalho. Nosso objetivo é encontrar meios para retirar o país do buraco", disse Humberto. Os presidentes dos partidos marcaram um novo encontro para a próxima quarta-feira (29).