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Foto: Roberto Stuckert Filho[/caption]
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), viu com muito preocupação a decisão do governo Jair Bolsonaro (PSL) de extinguir 13.710 cargos, funções e gratificações em instituições de ensino superior.
O senador classificou a ação como o início do projeto de desmonte das universidades públicas pelo presidente. O corte foi determinado por decreto e visa eliminar 21 mil vagas na área pública. Nas instituições de ensino superior, a área mais afetada, o corte corresponde a 65% do total das vagas fechadas e, segundo a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), vai inviabilizar o campus de Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, e a ampliação da unidade de Caruaru, no Agreste.
"O que estamos vendo é uma tentativa de ataque às universidades públicas, um desmonte acelerado. Com profissionais desestimulados pelo perda de remuneração, o governo vai aos poucos iniciando o seu projeto de destruição do ensino público em nosso país. Afinal, segundo o discurso desse governo, universidade é só para a elite", avaliou Humberto. "Frequentemente, vemos um discurso de ódio dirigido às universidades, consideradas por esses lunáticos não como centros de ensino e pesquisa, mas como reduto de 'esquerdistas'".
De acordo com o decreto, serão extintos imediatamente 2.449 postos em instituições de ensino. Outras 11.261 funções gratificadas atualmente em uso deixarão de existir em 31 de julho. Os funcionários que hoje ocupam essas vagas serão dispensados. "A quem interessa uma nação sem educação? Apenas àqueles que não têm muito o que oferecer para os brasileiros, os que usam o medo na tentativa de mobilizar a população, mas que não apresentam nada de bom. Foi o próprio presidente que falou abertamente que quer desconstruir o Brasil e não disse isso por acaso. Um país sem educação é um país sem futuro", afirmou o senador.
Para Humberto, existe um receio de que o corte de vagas seja apenas o começo. "Bolsonaro não tem projeto para o país e já disse que se gasta demais com educação. Mas a verdade é que o gasto por aluno no Brasil é baixo em comparação com os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Há um grande receio, inclusive de quem atua na área da educação no Brasil, do que pode se transformar o ensino no governo de um presidente que se elegeu propagando ódio e disseminando mentiras", avaliou o líder do PT.