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CGU investiga empresa laranja contratada pelo governo Lula por R$ 321 milhões

A R7 Facilities venceu a licitação aberta pelo MGI, comandada pela ministra Esther Dweck, com contrato que prevê a contratação de 1,2 mil funcionários terceirizados para 12 ministérios durante três anos.

Ricardo Lélis

03 de fevereiro de 2025 às 17:27   - Atualizado às 17:27

Presidente Lula e a ministra Esther Dweck.

Presidente Lula e a ministra Esther Dweck. Foto José Cruz/Agência Brasil

O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) do governo Lula está contratando uma empresa por R$ 321 milhões. No entanto, há suspeitas sobre o proprietário da firma, o que gerou investigações.

A empresa pertence a um suposto laranja da periferia de Brasília. Por isso, a Controladoria-Geral da União (CGU) apura possíveis fraudes em licitações e o uso de declarações falsas.

A R7 Facilities venceu a licitação aberta pelo MGI, comandada pela ministra Esther Dweck. O contrato prevê a contratação de 1,2 mil funcionários terceirizados para 12 ministérios durante três anos.

Esse certame, um dos maiores do setor nos últimos anos, ainda está em fase de análise de recursos.

Apesar das suspeitas, o MGI declarou que a R7 não tem condenações que impeçam sua participação. Além disso, o ministério afirmou que o processo atendeu a todos os requisitos técnicos, operacionais e financeiros. O objetivo seria garantir transparência e igualdade entre os concorrentes.

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A empresa também nega qualquer envolvimento com laranjas. Segundo a R7, seu histórico no mercado é sólido. Além disso, a firma destaca que presta serviços de qualidade em contratos conquistados regularmente.

O governo previa gastar até R$ 383,1 milhões com os serviços licitados. No entanto, a R7 ofereceu o menor preço, R$ 321 milhões, superando outras 40 concorrentes. No dia 8 de janeiro, o MGI classificou a empresa como “aceita e habilitada”.

Em março de 2024, o jornal O Estado de S. Paulo publicou reportagens que indicavam irregularidades envolvendo a R7 e o grupo econômico ao qual pertence. A partir disso, a CGU abriu uma investigação preliminar.

Já no dia 23 de janeiro, o ministro Vinícius Marques de Carvalho determinou a instauração de um Processo Administrativo de Responsabilização (PAR). O objetivo é apurar possíveis violações às leis anticorrupção e de licitações.

Caso as irregularidades sejam confirmadas, a empresa pode sofrer sanções. Entre elas, estão multas de até 20% do faturamento bruto de 2024 ou restrições para firmar novos contratos com a administração pública.

Além disso, quatro empresas recorreram contra a permanência da R7 no certame. Elas alegam que a proposta da concorrente se baseia em benefícios fiscais indevidos. O MGI ainda não concluiu a análise desses recursos.

As investigações indicam que a R7 pode estar registrada em nome de um laranja. Além disso, há suspeitas de que opera com outras empresas para simular concorrência e inflacionar balanços financeiros.

A firma também prestou serviços de manutenção no presídio federal de Mossoró (RN). De lá, dois detentos ligados ao Comando Vermelho fugiram em fevereiro de 2024. Diante do ocorrido, o Ministério da Justiça solicitou que a Polícia Federal e a Receita Federal investigassem a empresa.

A R7 Facilities continua registrada em nome de Gildenilson Braz Torres, técnico em contabilidade. Ele morava em uma casa simples na periferia do Distrito Federal e, durante a pandemia, recebeu auxílio emergencial.

Em uma ação de execução fiscal de fevereiro de 2022, documentos indicam que Torres possuía apenas R$ 523,64 em suas contas bancárias.

No Núcleo Bandeirante, região administrativa do DF, Torres mantinha um pequeno escritório. No local, ele se apresentava como responsável pela empresa Mega Batatas. No entanto, não havia qualquer menção à R7 Facilities.

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