06 de maio de 2024 às 16:57 - Atualizado às 16:57
Banco Central. Banco Central.
As projeções do mercado financeiro sobre a taxa básica de juros, a Selic, estão divididas quanto a uma possível desaceleração dos cortes. O Banco Central (BC) encerrará o ciclo de reduções com um corte de 0,25 ponto percentual (p.p.) a partir de quarta-feira, 8 de maio. Isso levaria a Selic para 10,50% ao ano.
Inicialmente, o BC havia sinalizado que a reunião de maio seria a última com um corte de 0,50 p.p., o que colocaria a Selic em 10,25%. A expectativa era de que a intensidade dos cortes diminuísse apenas a partir de junho.
No entanto, dois fatores centrais podem antecipar essa redução. Primeiro, a equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode promover uma mudança na meta fiscal.
Segundo, o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, pode manter os juros no intervalo de 5,25% a 5,50% pela sexta vez consecutiva.
As instituições financeiras que preveem a diminuição no ritmo dos cortes na Selic a partir de 8 de maio destacam as incertezas tanto no cenário nacional quanto internacional como fundamentais para essa estimativa.
Além disso, mencionam os discursos recentes do Banco Central como justificativa para essa projeção. O presidente da autoridade, Roberto Campos Neto, tem expressado críticas em relação à mudança na meta fiscal proposta pelo governo.
“As perspectivas de inflação estão mais desafiadoras devido a razões internacionais e locais. Assim, parece razoável esperar uma condução mais gradual da flexibilização monetária”, diz um relatório da XP.
A equipe econômica do presidente Lula inicialmente propôs um superavit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025. Contudo, posteriormente, alterou para um déficit zero no mesmo período, mantendo o mesmo objetivo para 2024.
Essa mudança prática representa um adiamento de um resultado que seria mais favorável para o equilíbrio das contas públicas.
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Na audiência na Comissão de Segurança da Câmara, o ministro da Justiça já havia justificado a alteração destacando o direito adquirido dos estabelecimentos instalados antes das restrições.
A afirmação do presidente foi feita durante inauguração do Projeto Cerrado, maior linha única de produção de celulose do mundo, que pertence à Suzano.
O parlamentar classificou o montante como "absurdo" e defendeu uma maior transparência nas ações do presidente.
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