Pernambuco, 09 de Novembro de 2025

Inicio elemento rádio
Icone Rádio Portal

Ouça a Rádio Portal

Final elemento rádio

Ex-presidente da Funai na gestão Bolsonaro é condenado a 10 anos de prisão

Marcelo Augusto, ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas, foi acusado pelo Ministério Público Federal de perseguir servidores do órgão.

Gabriel Alves

16 de outubro de 2025 às 09:18   - Atualizado às 09:18

Ex-presidente da Funai ao lado de Bolsonaro.

Ex-presidente da Funai ao lado de Bolsonaro. Foto: Reprodução

A Justiça Federal do Amazonas condenou na quarta-feira, 15 de outubro, o ex-presidente Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) Marcelo Augusto Xavier da Silva a dez anos de prisão pelo crime de denunciação caluniosa. Cabe recurso contra a decisão.

Ex-dirigente do órgão no governo de Jair Bolsonaro, Marcelo Silva foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de perseguir servidores do órgão, integrantes da Associação Waimiri Atroari e outras entidades que atuam em defesa dos indígenas para aprovar a parte da Funai no processo de licenciamento ambiental do Linhão do Tucuruí, linha de transmissão de energia entre Manaus e Boa Vista.

A decisão foi proferida pelo juiz Thadeu José Piragibe Afonso, da 2ª Vara Federal Criminal do Amazonas. O juiz afirmou que o ex-presidente atuou para “intimidar e pressionar” os servidores a aprovar o licenciamento durante o governo Bolsonaro.

Segundo o magistrado, o ex-presidente solicitou à PF abertura de investigações contra os funcionários do órgão.

“O intuito do acusado de conferir celeridade ao processo de licenciamento do Linhão, ignorando formalidades administrativas, apontamentos técnicos e a própria história da população indígena diretamente envolvida, mostra-se patente e delineia a motivação por detrás do pedido de instauração do inquérito: retaliar e pressionar seus subordinados a tocar para frente o licenciamento da obra”, afirmou.

O magistrado também acrescentou que o acusado sabia que as acusações não tinham fundamento.

“As vítimas, além de inocentes, não apresentavam qualquer motivação ou conduta criminosa. Sua inclusão nos procedimentos foi infundada tecnicamente, dolosa subjetivamente e instrumentalizada politicamente, somente porque contrariavam os interesses políticos de que o ex-presidente da Funai nutria devoção", completou.

Outro lado

Em nota enviada à Agência Brasil, o advogado Marcos Soares Júnior disse que recebeu a condenação com “perplexidade e indignação” e reiterou que os atos praticados por Marcelo Augusto Xavier estavam baseados no cumprimento do exercício legal da função.

A defesa acrescentou que vai recorrer da decisão.

 “Pode-se afirmar com convicção que não há prova nos autos quanto a alegação de instrumentalização da Polícia Federal e Ministério Público para fins de pressionar ou perseguir servidores, lideranças indígenas e afins”, declarou a defesa.

Mais Lidas

Icone Localização

Recife

03:30, 09 Nov

Imagem Clima

26

°c

Fonte: OpenWeather

Icone Enquete

Enquete

Você confia nos institutos de pesquisa que divulgam dados sobre política?

Notícias Relacionadas

Ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann
Posição

Gleisi critica escolha de bolsonarista para relator da lei antifacção proposta por Lula

A ministra ponderou que o governo seguirá trabalhando no Congresso "para que prevaleça o interesse público e seja resguardada a soberania nacional".

Bolsonaro de tornozeleira em sua casa.
Explicação

Bolsonaro tem recurso negado: Entenda próximos passos do processo contra o ex-presidente no STF

Atualmente, o ex-chefe do Executivo está em prisão cautelar em função das investigações do inquérito sobre o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil.

Eduardo Bolsonaro e Mauro Mendes.
Insulto

Governador bolsonarista diz que Eduardo Bolsonaro é 'louco' e 'fala merda' nos Estados Unidos

A reação de Mauro Mendes ocorreu após ser questionado sobre um vídeo em que o deputado chama Tarcísio de Freitas (Republicanos), de "candidato do sistema".

mais notícias

+

Newsletter