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DISPUTA ELEITORAL: pesquisas têm mais frequência em cidades de médio e pequeno porte

Recife ocupa o 18º lugar na lista de mais frequentes levantamentos.

30 de setembro de 2024 às 10:52   - Atualizado às 11:44

Eleições 2024.

Eleições 2024. Foto: Portal de Prefeitura

A disputa eleitoral em cidades de médio e pequeno porte do Brasil virou uma “guerra de números”, com base em supostas pesquisas que apresentam resultados para todos os gostos. Em determinados locais, a quantidade de levantamentos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chega a ser maior do que a de capitais e outros municípios maiores.

Em Picos (PI), cidade que fica a 318 quilômetros de Teresina, existem versões bem distintas de pesquisas sendo utilizadas pelos candidatos. O atual prefeito, Gil Paraibano (PP), disputa a reeleição, numa briga direta com o deputado estadual Dr. Pablo Santos (MDB). Ambos possuem publicações nas redes sociais com resultados de levantamentos que os colocam na dianteira.

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A cidade de 83 mil habitantes é a 25ª do país com mais registros de pesquisa no TSE. Até a quinta-feira, 26 de setembro, eram 28, a mesma quantidade de Salvador (BA) e Curitiba (PR), e mais do que capitais, como Porto Alegre (RS), Vitória (ES) e Florianópolis (SC). Enquanto Paraibano diz liderar com mais de 40% das intenções de voto, Dr. Pablo usa pesquisas que o colocam com mais de 60%.

PT contra PL

Essa disputa acalorada e com diferentes versões numéricas é verificada, também, em Anápolis (GO), cidade de porte médio, com quase 399 mil habitantes, mas que chega a ter mais pesquisas do que o Rio de Janeiro (RJ). A corrida local reflete a polarização nacional. Os dois candidatos mais bem colocados são Antônio Gomide (PT) e Márcio Correa (PL).

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O município já contabiliza 42 pesquisas, enquanto Rio de Janeiro e Fortaleza, por exemplo, têm 37 e 36, respectivamente. A briga entre PT e PL na cidade goiana virou uma disputa numérica, na tentativa de gerar influência e aumentar o otimismo das bases eleitorais. Por ter mais de 200 mil eleitores, Anápolis está sujeita a ter segundo turno.

O petista Gomide destaca, nas redes sociais, resultados diversos que o colocam na frente. “Gomide é líder e pode ganhar no primeiro turno”, diz uma das publicações. Já o representante do partido de Jair Bolsonaro (PL) reagiu nos últimos dias, com pesquisas que o apontam como líder da disputa. “Márcio bate o candidato do Lula”, afirma uma das postagens.

Veja 20 cidades com mais pesquisas eleitorais no Brasil:

  1. Teresina (PI) - 75
  2. São Paulo (SP) - 70
  3. Belo Horizonte (MG) - 66
  4. Manaus (AM) - 63
  5. Natal (RN) - 60
  6. Goiânia (GO) - 49
  7. Aracaju (SE) - 49
  8. Palmas (TO) - 48
  9. Belém (PA) - 47
  10. Anápolis (GO) - 42
  11. Cuiabá (MT) - 37
  12. Rio de Janeiro (RJ) - 37
  13. Fortaleza (CE) - 36
  14. Campo Grande (MS) - 36
  15. Santos (SP) - 36
  16. Porto Velho (RO) - 35
  17. Parnamirim (RN) - 33
  18. Recife (PE) - 32
  19. Sumaré (SP) - 31
  20. Parauapebas (PA) - 30

“Não é guerra numérica. É guerra de desinformação”

A quantidade de levantamentos registrados, até então, nas eleições deste ano, já é a maior da série histórica. Na quinta-feira, o sistema do TSE informava um total de 10.789, e na sexta (27/9) chegou a 11.440, o maior número desde 2012, quando o Tribunal passou a contabilizar e divulgar dados de pesquisas eleitorais.

A presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel), Mara Telles, é crítica à proliferação e ao uso de pesquisas com metodologias questionáveis para tentar influenciar o eleitor. Ela reconhece que há no Brasil bons institutos, que fazem um trabalho sério e que seguem as regras de amostragem, mas afirma que existem aqueles que fazem o contrário.

“Não é exatamente uma guerra numérica. É uma guerra baseada em desinformação. A desinformação virou um grande negócio e tem muita gente lucrando com isso. Existem vários pequenos institutos que estão por aí, que as pessoas não conhecem e que têm vendido fantasias para os candidatos. São institutos que fazem negócios em troca de resultados, muitos surgidos às vésperas das eleições”, aponta Mara.

Na sexta, o valor total investido em pesquisas, nas eleições deste ano, ultrapassou os R$ 120 milhões — exatamente R$ 124,3 milhões. Essa quantia é a maior das eleições municipais, desde 2012. “É muito dinheiro, e boa parte vem do Fundo Partidário. Está sobrando dinheiro. Vale dizer que institutos pequenos fazem muita pesquisa a custo baixíssimo, com pessoas não treinadas”, diz a presidente da Abrapel.

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