Dória escreve carta para Lula: 'Queria ter a chance de dizer que errei'

Apresentando-se como o “João conciliador”, o ex-governador de São Paulo João Doria enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o auxílio do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) como intermediador da mensagem de “reconciliação”.

Na carta, revelada pelo jornal O Globo no domingo, dia 3 de novembro, Doria admite ter cometido “exageros e equívocos” tanto em relação a Alckmin, com quem já se reconciliou, quanto a Lula. Vale lembrar que Alckmin foi o responsável por introduzir Doria na política.

"Queria ter a chance de dizer que errei", escreveu o ex-governador e empresário.

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Apesar do pedido de reconciliação, Lula teria se mostrado hesitante quanto à reaproximação, embora afirme “perdoar”.

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"Quem já foi o “João trabalhador” agora é “João conciliador”", disse Doria, relembrando o slogan que consolidou sua carreira política como prefeito de São Paulo, em 2016.

Desde 2022, Doria está afastado da vida política, e garante que não pretende retornar. No entanto, tem buscado aproximação com o governo e outros políticos, em razão de seus interesses no setor empresarial.

"Saí em definitivo da política. Pode escrever. Não tenho raiva, não tenho mágoa e não tenho ressentimento. Mas, para a política, não volto mais", declarou ao jornal O Globo.

Além de ter resolvido as desavenças com Geraldo Alckmin em dezembro de 2023, Doria também reconciliou-se com Rodrigo Garcia, seu ex-vice no governo de São Paulo, e com Bruno Araújo, ex-presidente do PSDB.

Doria ainda não recebeu uma resposta de Lula sobre a carta, mas afirmou estar “tranquilo” quanto ao assunto.

"A minha alma é conciliadora. Não odeio ninguém. Não vou retomar uma situação de antagonismo por isso. Se ele leu, ótimo. Minha alma está mais tranquila, espero que a dele também", afirmou.