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Otoni de Paula (MDB) classificou o caso como "absurdo" e afirmou que acionou o MPF para que uma investigação fosse aberta contra a instituição.
28 de março de 2025 às 16:06 - Atualizado às 19:05
Deputado federal denuncia cartaz em universidade pública que mostrava Bolsonaro morto Fotos: Reprodução / Câmara dos Deputados
O pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB) denunciou na quinta-feira, 27 de março, um cartaz fixado nas dependências da Universidade de Brasília, que segundo ele faziam apologia à morte do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Dutente seu pronunciamento na Câmara dos Deputados, o deputado classificou o caso como "absurdo" e afirmou que acionou o Ministério Público Federal (MPF) para que uma investigação seja aberta contra a universidade.
"Subo a essa tribuna para dizer do absurdo que foi vinculado pelas redes sociais no retorno às aulas da UnB. Um cartaz é pendurado com apologia à morte do presidente Bolsonaro”
Otoni de Paula destacou que críticas políticas fazem parte da democracia, mas que precisam existir limites éticos e legais para a liberdade de expressão.
“Você pode fazer qualquer crítica a Bolsonaro. Pode ter qualquer opinião. Agora, fazer apologia à morte dentro de uma universidade pública é de uma desumanidade”, afirmou. “Fico pensando se esse mesmo cartaz estivesse com o nome de Lula. A imprensa diria que é um atentado à democracia.”
Segundo ele, algumas manifestações são toleradas apenas quando dirigidas contra a direita política.
“Se é contra Bolsonaro, vale. Se é contra a esquerda, aí não vale. Nós precisamos tomar cuidado, tudo tem limite”, disse.
Nas redes sociais, o pastor reforçou seu posicionamento e dizendo que "para os comunistas, incitação ao ódio é democracia".
"Para a esquerda, para os comunistas, isso é democracia. Isso é Estado Democrático de Direito. Mas quando alguém do outro lado faz muito menos, a perseguição é implacável. Dois pesos, duas medidas."
No cartaz, Jair Bolsonaro aparece pendurado de ponta-cabeça com a frase "Sem anistia". A ilustração é uma clara ferência a Benito Mussolinni, líder do Partido Nacional Facista italiano, que após ser morto teve seu corpo pendurado em praça pública, em 1945.
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