Segundo Cláudio Pinho (PDT), o mesmo equipamento comprado por R$ 1,6 milhão no Ceará custou apenas R$ 208 mil ao Rio de Janeiro, com suspeita de fraude e ausência de licitação
Governador do Ceará - Valter Campanato/Agência Brasil
O deputado estadual Cláudio Pinho (PDT) denunciou nesta semana o que chamou de um “absurdo contraste” na compra de um equipamento anti-drone pela Secretaria de Segurança Pública do Ceará. Segundo ele, o governo estadual teria adquirido o dispositivo por R$ 1,6 milhão, em processo sem licitação, enquanto o Governo do Rio de Janeiro comprou o mesmo modelo, com as mesmas especificações técnicas, por apenas R$ 208 mil, através de licitação pública.
“O Estado do Ceará fez uma dispensa de licitação, uma inexigibilidade, portanto, sem concorrência nenhuma, e comprou o mesmo equipamento... com as mesmas características de dois quilômetros, mas pela bagatela de R$ 1 milhão e seiscentos mil reais”, afirmou Pinho em pronunciamento.
De acordo com o parlamentar, a própria empresa que vendeu ao Ceará por inexigibilidade foi a mesma que participou da licitação no Rio, ofertando valor inferior. “Na licitação do Rio, ela apresentou proposta por R$ 800 mil. No Ceará, sem concorrência, vendeu por R$ 1,6 milhão. Isso é assaltar os cofres públicos do Estado do Ceará”, completou o deputado.
Além da discrepância nos valores, Cláudio Pinho chama atenção para o impacto social da má gestão dos recursos. “É por isso que o dinheiro do povo do Ceará não dá. As pessoas estão em fila de cirurgia, penando, e está aí a prova de que o dinheiro não é bem aplicado”, criticou.
O parlamentar afirma que já encaminhou documentos ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público do Ceará (MPCE), solicitando investigação formal sobre a contratação e os possíveis indícios de superfaturamento, fraude e inobservância da lei de licitações.
A denúncia reacende o debate sobre transparência nas compras públicas e o uso de dispensas de licitação, que, embora legais em determinados casos, têm sido frequentemente associadas a preços inflacionados e falta de controle.
“O dinheiro do povo do Ceará está indo pelo ralo. A própria segurança pública sofre: viaturas param por falta de combustível, de pneu… E se sobra um milhão nesse equipamento, poderia ser investido em outras prioridades”, concluiu Pinho.
1
3
4
08:45, 13 Nov
28
°c
Fonte: OpenWeather
Segundo Débora, essa operação representa o uso de recursos que deveriam ser destinados aos professores para tapar o rombo financeiro da cidade.
Pela proposta, O município terá a responsabilidade de criar uma plataforma online e uma central de atendimento telefônico para consultas e solicitações.
Levantamento também mostra que 86% acreditam que criminosos são soltos por causa de leis fracas.
mais notícias
+