07 de novembro de 2023 às 17:23
Expressão artística e da cultura presente no dia-a-dia das pessoas, a música tem grande relevância econômica. Somente nos seis primeiros meses de 2023, a Pro-Música, entidade que reúne as principais gravadoras e produtoras fonográficas do país, registrou que o segmento faturou R$ 1,191 bilhão - 12,6% a mais que o mesmo período do ano anterior. O levantamento considera somente as receitas nos formatos digital e físico. No Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR) 2023, o setor terá 23 empreendedores selecionados. O encontro será realizado em Belém, no Pará, de 8 a 12 de novembro. Leia também: >>>Festivais que defendam sustentabilidade podem ganhar R$ 1,8 MILHÃO pelo programa Cultura Circular Streaming O avanço das mídias digitais vem transformando o consumo e a produção de música. O maior responsável pelo crescimento da cultura do mercado nos primeiros seis meses deste ano foi o streaming - 99,2% do total das receitas, que aumentaram 12,4%, chegando a R$ 1,181 bilhão. Os lucros com assinaturas em plataformas digitais alcançaram R$ 775 milhões, um crescimento de 17,8%. Já o faturamento do streaming remunerado por publicidade foi de R$ 406 milhões, 3,2% a mais em comparação ao mesmo período de 2022. As receitas de vendas físicas tiveram faturamento de R$ 8 milhões - 0,6% do total da indústria fonográfica brasileira. No formato físico, os discos de vinil foram os mais vendidos, com ganhos de R$ 5 milhões. Na sequência vieram os CDs, com R$ 3 milhões. Mercado mundial Em 2022, o mercado fonográfico brasileiro arrecadou R$ 2,526 bilhões - 15,4% a mais que em 2021. Com isso, saltou duas posições no ranking da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI). Atualmente, o país ocupa agora o 9º lugar no mercado mundial da música. Direitos autorais De acordo com o relatório “O que o Brasil Ouve”, divulgado pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), a participação do streaming cresceu em importância na arrecadação de direitos autorais. Até novembro de 2021, o setor contabilizou R$ 225,6 milhões arrecadados em execução pública das plataformas. Mulheres No mercado da execução pública de músicas no país, a presença feminina ainda é discreta quando comparada aos homens, mas a situação vem mudando. É o que aponta a terceira edição do estudo “Mulheres na Música”, também do Ecad. Em 2022, as mulheres titulares (compositoras, intérpretes e musicistas) receberam 8% do total destinado às pessoas físicas na distribuição de direitos autorais - cerca de R$ 58 milhões. Na comparação com 2021, o valor significa um aumento de 45%. Shows Um dos segmentos que impulsiona a indústria da música, o mercado de shows e eventos teve em 2022 um crescimento de 309,5% em relação a 2021, segundo o Ecad. Foram cerca de 55 mil. Também em 2022, o Ecad distribuiu R$ 1,2 bilhão em direitos autorais, um crescimento de 36,6% em comparação a 2021. Realização O MICBR é uma realização do MinC e OEI e conta com o patrocínio master da Vale e do Instituto Cultural Vale. Também apoiam a iniciativa o Sebrae, o YouTube, a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco da Amazônia (BASA). A programação das palestras e oficinas é apresentada pela Vale e Instituto Cultural Vale, com apoio do British Council. A Apex-Brasil é parceira nas rodadas de negócios e atividades de formação de redes. O Mercado das Indústrias Criativas é realizado, ainda, com apoio do Governo do Estado do Pará, por meio das Secretarias de Cultura e Turismo, e pela Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural de Belém e da Companhia de Desenvolvimento da Região Metropolitana. Setor A edição 2023 do MICBR selecionou os seguintes empreendedores da música:
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