11 de dezembro de 2023 às 21:55
O deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) reuniu 177 assinaturas favoráveis - seis a mais do que o necessário - à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a o crime organizado no País.
O parlamentar conseguiu apoio junto aos setores de direita da Câmara. Nenhum deputado de partidos de esquerda assinou o documento.
Gaspar citou como justificativa para a instalação da CPI a existência de "um intrincado esquema de conexões com outros grupos criminosos e uma rede subterrânea de ligações com os quadros oficiais da vida social, econômica e política da comunidade".
"Das organizações criminosas, originam-se atos de extrema violência, que expõem um poder de corrupção de difícil visibilidade pelo uso de disfarces e simulações", afirmou.
Como revelou o Estadão, a presidente de uma ONG ligada ao Comando Vermelho (CV) e condenada na Justiça conseguiu acessar o prédio do Ministério da Justiça, em Brasília, e ter reuniões com dois secretários.
Luciane Barbosa, que é esposa do criminoso Tio Patinhas, um dos chefes da facção no Amazonas, ainda teve reuniões no Ministério dos Direitos Humanos, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e transitou livremente pelos corredores do Congresso.
O autor da proposta da CPI não citou o episódio que fragilizou a gestão do ministro da Justiça, Flávio Dino, à frente da área de segurança pública do governo.
Por outro lado, o pedido de instalação do colegiado faz menções ao plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e assassinar o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR).
Na última quinta-feira, 7, a Polícia Federal (PF) identificou outro plano do PCC que mirava os presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A facção mobilizou uma célula com três de seus integrantes e bancou seus custos - cerca de R$ 44 mil -, como estadia, celulares, aluguéis, seguro, IPTU, mobília, transporte e até compra de eletrodomésticos.
Apesar do apoio reunido, Gaspar ainda depende do aval de Lira para a CPI sair do papel. Existem ao menos outras quatro propostas nas frente para serem analisadas pelo presidente da Câmara, dentre elas a CPI do Abuso de Autoridade, que conta com o apoio em massa da direita para investigar supostos abusos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outros membros do Poder Judiciário.
Estadão Conteúdo
4
23:20, 25 Mar
26
°c
Fonte: OpenWeather
O evento tem início nesta quarta-feira, 26 de março e vai até o dia 30 com vários palestrantes no Mar Hotel, em Maceió.
Este episódio reflete a crescente polarização política dentro do Brasil, que também alcançou os líderes religiosos.
Além das vagas gerais, há reserva para candidatos com deficiência, negros, indígenas e de outros perfis, conforme as normas do edital.
mais notícias
+