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Com 54% das prefeituras no vermelho, crise fiscal dos municípios se agrava em 2025

Segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), as prefeituras estão operando no vermelho, acumulando um déficit estimado em R$ 33 bilhões.

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02 de junho de 2025 às 15:03   - Atualizado às 15:09

Lula durante Marcha dos Prefeitos, em Brasília

Lula durante Marcha dos Prefeitos, em Brasília Foto: Ricardo Stuckert/PR

A crise fiscal dos municípios brasileiros atingiu em 2025 o seu pior cenário da história recente. Segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), 54% das prefeituras estão operando no vermelho, acumulando um déficit estimado em R$ 33 bilhões. Os dados revelam um colapso financeiro generalizado, que afeta desde pequenas cidades do interior até grandes capitais, comprometendo a manutenção de serviços públicos essenciais como saúde, educação e segurança.

O estudo “A Situação Fiscal de 2024 nos Municípios e as Perspectivas para 2025” aponta que a principal causa da crise fiscal dos municípios está na disparada das despesas correntes – principalmente folha de pagamento, contratação de pessoal e manutenção da máquina pública – que crescem em ritmo superior ao das receitas. Em cidades com menos de 50 mil habitantes, o déficit saltou de R$ 0,4 bilhão para R$ 5,8 bilhões em apenas um ano. Já nas grandes cidades, o rombo subiu de R$ 12,7 bilhões para R$ 18,5 bilhões.

Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, a raiz do problema está na transferência progressiva de responsabilidades do governo federal e dos estados para os municípios, sem o devido aporte financeiro. “Enquanto o funcionalismo da União cresceu 2,4% entre 2010 e 2022, nos municípios houve um aumento de 31%. Passamos de 5,8 milhões para 7,6 milhões de servidores para dar conta das políticas públicas descentralizadas, mas sem os recursos adequados”, afirmou.

A crise fiscal dos municípios também tem reflexo direto nas obras de infraestrutura, frequentemente paralisadas ou adiadas, e nos atrasos de salários e fornecedores. Muitas prefeituras têm recorrido a saldos financeiros acumulados durante a pandemia para equilibrar suas contas, mas essa estratégia já se esgotou: entre 2022 e 2023, os recursos em caixa caíram 63%, de R$ 112,5 bilhões para R$ 41,7 bilhões.

Diante do cenário, cresce a pressão por uma reforma federativa que redefina a divisão de competências e recursos entre os entes da federação. Sem uma ação estrutural e imediata, a crise fiscal dos municípios tende a se agravar, aprofundando a desigualdade regional e penalizando diretamente a população que depende dos serviços públicos.

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