13 de dezembro de 2024 às 17:22 - Atualizado às 17:28
No Brasil, operação que combate violência contra a MULHER realiza mais de 7 MIL PRISÕES em agosto. Foto: Divulgação
Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Observatório da Indústria da Desinformação e Violência de Gênero nas Plataformas Digitais identificou 137 canais com conteúdo misógino no YouTube, no Brasil. O levantamento revelou que essas contas publicaram 105 mil vídeos, que somam mais de 3,9 bilhões de visualizações e contam com, em média, 152 mil inscritos.
Misoginia é definida como a propagação de ódio, desprezo ou aversão contra as mulheres.
A pesquisa foi conduzida por uma parceria entre o NetLab/UFRJ e o Ministério das Mulheres, e analisou um total de 76 mil vídeos de 7.812 canais, com mais de 4,1 bilhões de visualizações e 23 milhões de comentários.
Os pesquisadores apontam que há uma correlação indireta entre o aumento da circulação desses discursos misóginos e a elevação dos casos de violência contra a mulher no Brasil. Eles alertam para os potenciais impactos desse tipo de conteúdo, que pode incentivar comportamentos agressivos e machistas na sociedade.
Por meio da pesquisa, os estudiosos destacam a crescente monetização da misoginia, com vídeos que não só disseminam ódio, mas também se tornam fontes de lucro para os criadores de conteúdo.
Procurado pela TV Globo, o YouTube informou que ainda não teve acesso ao estudo completo e, por isso, não pode comentar sobre o levantamento. A plataforma, que já enfrenta críticas sobre a regulação de conteúdos nocivos, se comprometeu a analisar os resultados da pesquisa.
Essa pesquisa é um alerta sobre o impacto das plataformas digitais no fortalecimento de discursos de ódio e no crescimento da violência contra mulheres. O estudo também destaca o desafio de controlar o conteúdo misógino em redes sociais que, muitas vezes, não são monitoradas adequadamente.
A pesquisa foi intitulada: "Aprenda a evitar 'este tipo' de mulher: estratégias discursivas e monetização da misoginia no YouTube".
Da redação do Portal com informações do site G1
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O tema ganhou centralidade na gestão federal essa semana, quando o próprio presidente afirmou, em reunião ministerial, que esta é a sua prioridade em 2025.
''Outros estudos estão sendo feitos pelo governo'', afirma o vice-presidente.
Anteriormente o presidente americano ameaçou cobrar tarifa de 10% sobre os importados chineses.
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