23 de fevereiro de 2024 às 11:04
O Governo Federal vai antecipar o pagamento de R$ 30,1 bilhões em precatórios, que já estão disponíveis para a Justiça, informou o Ministério do Planejamento.
A Pasta publicou uma portaria abrindo crédito suplementar de R$ 10,7 bilhões para ajustar a alocação orçamentária e garantir o pagamento desta parcela final dos precatórios deste ano.
O montante já era previsto para ser pago em 2024, portanto, sua quitação antes do previsto não altera o quadro fiscal. Para este ano, o restante de precatórios a serem pagos são de requisições de pequeno valor (RPV).
Esses pagamentos são liberados ao longo do ano, à medida que chegam, pois a lei fixa um prazo de 60 dias para esses pagamentos. No total, a lei orçamentária de 2024 prevê R$ 66,4 bilhões para cumprimento de sentenças judiciais.
"Com isso, o governo encerra o processo de liquidação de passivos de precatórios, que começou a ser acumulado em 2022, após aprovação da PEC dos Precatórios, e extingue o problema fiscal previsto para o exercício financeiro de 2027, caso as regras limitadoras aprovadas no final de 2021 tivessem sido mantidas. Pelas estimativas, a inadimplência do pagamento de precatórios de 2022 a 2026 poderia atingir a cifra de R$ 200 bilhões em 2027", diz a Pasta.
O Planejamento explicou, ainda, que a liberação de crédito extraordinário de R$ 93,1 bilhões no ano passado serviu para que o Governo Federal pagasse passivos de R$ 60,2 bilhões e antecipasse o pagamento de precatórios de 2024 no valor de R$ 32,2 bilhões, que não constavam no Orçamento deste ano, além de R$ 714 milhões de contribuição patronal relativa aos precatórios envolvidos nesse pagamento.
Na quarta-feira, 21, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, já havia defendido a antecipação de pagamentos de precatórios para evitar que o governo gastasse com ônus de sucumbência, honorários advocatícios e juros.
Nesse começo de ano, Tribunais Regionais Federais (TRFs) liberaram o cronograma para saques dos precatórios de 2022 e 2023, valores que não foram pagos durante governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Também foram liberados os de parte da proposta de 2024. O montante chega a R$ 93 bilhões, segundo o Tesouro Nacional.
Graças a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a liberação dos saques foram autorizados, nas ações impetradas pelo governo atual para efetuar os pagamentos.
No caso do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), por exemplo, já depositou R$ 16.970.768.813,75 dos precatórios alimentares e comuns para 84.874 beneficiários. A expectativa é que os saques ocorram na primeira semana de janeiro. Os estados atendidos são Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Já o TRF4 (Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina) destaca que os beneficiários poderão sacar os valores a partir do dia 15 de janeiro. O total liberado é de R$ 13.047.132.339,05, referentes a 59.329 precatórios, dos quais R$ 8.252.555.735,23 se referem a processos previdenciários.
O TRF5 (Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe) já depositou R$ 3.742.814.576,72 em precatórios alimentares e comuns retidos em 2022 e 2023.
Os valores liberados pelo TRF5 estão disponíveis para saque e levantamento dos depósitos desde 29 de dezembro de 2023. Eles correspondem ao pagamento de 12.324 precatórios para 24.363 credores. Precatórios alimentares de 2024 também foram integralmente depositados.
Para realizar o saque, o beneficiário deve se dirigir a qualquer agência de atendimento do banco depositário (Caixa ou Banco do Brasil) com um documento de identidade com foto, CPF e comprovante de residência. No caso de depósitos com bloqueio, será necessária a emissão de alvará judicial.
Estadão Conteúdo
1
2
3
13:50, 09 Fev
30
°c
Fonte: OpenWeather
De acordo com as investigações, os parlamentares pegavam dinheiro emprestado com um agiota e, posteriormente, destinavam as verbas para o município, para depois pressionar o prefeito a devolver 25% dos valores.
A parlamentar criticou a situação financeira da estatal e apontou um suposto rombo bilionário na empresa durante o governo Lula.
Apesar da declaração, Motta garantiu que não há compromisso da presidência da Câmara em alterar a regra atual.
mais notícias
+