General Freire Gomes. Foto: Romério Cunha/VPR
Durante a reunião Ordinária da Câmara do Recife desta terça-feira, 10 de junho, o vereador Rodrigo Coutinho (Republicanos) destacou o voto de aplausos de sua autoria ao general do Exército Marco Antônio Freire Gomes, pelos "relevantes serviços prestados à pátria e por sua exemplar trajetória nas Forças Armadas do Brasil" (requerimento nº 5.109/2025).
O parlamentar destacou a atuação do general frente ao Comando Militar do Nordeste e afirmou ter tido “a honra de ser comandado pelo general Freire Gomes enquanto fazia parte da fileira do Exército Brasileiro no CPOR”.
O general Freire Gomes é uma das testemunhas de acusação no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.
De acordo com o militar, ele teria sido pressionado para contribuir com o golpe. Ao STF, Freire Gomes declarou que a "minuta do golpe" foi apresentada às Forças Armadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante a sua oitiva, o general confirmou que teve alguns encontros com o então chefe do Executivo, Jair Bolsonaro, e os demais chefes das Forças Armadas no Palácio do Alvorada e negou que tenha dado voz de prisão ao presidente.
O general Marco Antônio Freire Gomes, que comandou o Exército Brasileiro no último ano da gestão de Jair Bolsonaro (PL), construiu uma longa trajetória dentro das Forças Armadas.
Nascido em 31 de julho de 1957, na cidade de Pirassununga, interior de São Paulo, ele cresceu em meio à tradição militar. Seu pai, coronel de Cavalaria Francisco Valdir Gomes, influenciou diretamente sua escolha de carreira.
Desde cedo, Freire Gomes trilhou o caminho da formação militar. Frequentou os colégios militares do Rio de Janeiro e de Fortaleza, duas das principais instituições voltadas à preparação de jovens para o ambiente castrense. Em 1977, ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), localizada em Resende, no Rio de Janeiro, onde foi declarado aspirante a oficial da Cavalaria em 1980.
Ao longo das décadas, o general acumulou diversos cursos de formação e especialização, dentro e fora do Brasil. No país, participou de programas voltados à política, estratégia e administração de alto nível. Também se especializou em ações de comandos, forças especiais, logística e segurança presidencial.
No exterior, passou por cursos nos Estados Unidos, com foco em gerenciamento de crises e contraterrorismo, e no Egito, onde participou do Senior Mission Leaders Course, voltado à liderança de missões internacionais.
Durante a carreira, Freire Gomes atuou em várias regiões do Brasil. Serviu no 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado, em Bela Vista (MS), no 10º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, no Recife (PE), e no 16º RC Mec, em Bayeux (PB). Também atuou em missões internacionais como membro do Grupo de Observadores das Nações Unidas na América Central (Onuca), reforçando seu perfil de atuação diplomática e operacional.
O general comandou batalhões e brigadas de elite, como o 1º Batalhão de Ações de Comandos e a Brigada de Infantaria Paraquedista. Também exerceu funções estratégicas em Brasília, como chefe da Divisão de Operações e da Divisão de Inteligência no Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Atuou ainda como adido militar do Brasil na Espanha e foi instrutor da Aman, retornando à escola onde se formou.
Durante o período em que alcançou o generalato, Freire Gomes assumiu posições de destaque. Comandou a Brigada de Operações Especiais e o Comando de Operações Especiais em Goiânia. Em Brasília, foi 1º subchefe do Comando de Operações Terrestres (Coter) e secretário-executivo do GSI. Também liderou a 10ª Região Militar, em Fortaleza, e o Comando Militar do Nordeste, com sede no Recife.
Sua nomeação para o posto mais alto da Força Terrestre ocorreu em março de 2022, quando substituiu o general Paulo Sérgio Nogueira, que assumiu o Ministério da Defesa após a saída de Walter Braga Netto. Na ocasião, o governo Bolsonaro buscava alinhar a cúpula militar com seus objetivos eleitorais.
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O acusado estava preso pelos atos golpistas por determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
A ex-presidente da Argentina foi condenada por realizar pagamentos superfaturados e favorecimento de contratos para obras públicas.
O TCE-PE e o MPF também estão passando um pente fino nos contratos. Uma das empresas investigadas é a mineira Sinarco, que não tem sede ou funcionários em Recife.
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