02 de dezembro de 2024 às 16:58 - Atualizado em 03 de dezembro de 2024 às 15:08
Lula durante sanção de Lei do Dia Nacional da Música Gospel; Otoni de Paula está na frente do presidente Imagem: Ricardo Stuckert/Reprodução/X
A escolha do novo líder da Frente Parlamentar Evangélica, tradicionalmente realizada em fevereiro, será antecipada para o próximo mês. A eleição ocorrerá durante o Culto da Santa Ceia, em 11 de dezembro, e promete acirrar a disputa interna entre os parlamentares evangélicos. O principal nome na disputa é o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), que, apesar de ser o favorito, enfrenta resistência dentro do grupo, especialmente por causa de sua aproximação com o governo Lula.
Otoni de Paula, que já conta com o apoio de nomes importantes da bancada, como Silas Câmara (Republicanos-AM) e Cezinha de Madureira (PSD-SP), representa uma postura mais moderada, alinhada com o governo federal. Cezinha de Madureira, em declaração conjunta com Silas Câmara, afirmou que a escolha por Otoni é "unânime", minimizando as divisões internas: “Silas e eu definimos que será Otoni. Não há racha algum”, disse ele.
No entanto, sua relação com o governo Lula tem gerado divisões e críticas, principalmente por parte de parlamentares mais alinhados ao bolsonarismo. Em outubro, Otoni de Paula foi o representante da Frente Evangélica em uma cerimônia no Palácio do Planalto e fez elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a sanção do Dia Nacional da Música Gospel. Esse gesto irritou membros da bancada, como os deputados Eli Borges (PL-TO) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que agora trabalham nos bastidores para lançar o nome de Gilberto Nascimento (PSD-SP) como alternativa.
Gilberto Nascimento, por sua vez, é considerado um nome mais alinhado ao bolsonarismo e conta com o apoio de figuras influentes dentro do setor evangélico, como o pastor Silas Malafaia. Malafaia, conhecido por seu discurso conservador, criticou duramente Otoni de Paula, acusando-o de querer agradar ao governo Lula em detrimento da independência política da bancada evangélica. “Otoni quer fazer graça para o governo Lula”, afirmou Malafaia, intensificando o clima de polarização entre os dois lados.
A disputa pela liderança da Frente Parlamentar Evangélica não se resume apenas a questões políticas, mas também envolve embates ideológicos e estratégicos que determinarão o posicionamento da bancada nos próximos anos. A escolha do novo líder terá um impacto significativo nas decisões e nas pautas defendidas pelo grupo no Congresso, especialmente em relação a temas sensíveis como religião, família e políticas sociais.
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