Citroën C3 Aircross recebe zero estrelas em testes de segurança do Latin NCAP

Faltando pouco mais de um mês para 2025, o Latin NCAP realizou mais uma bateria de testes de segurança e, entre os modelos avaliados, estava o Citroën C3 Aircross. O resultado foi alarmante: o SUV recebeu zero estrelas em segurança, sinalizando sérios problemas na proteção oferecida aos ocupantes. Vale destacar que a configuração testada era a versão mais simples do modelo, que conta com apenas dois airbags de série; mesmo assim, a proteção insuficiente evidência falhas estruturais significativas.

De acordo com a avaliação do Latin NCAP, o C3 Aircross obteve apenas 33% na proteção para ocupantes adultos e frustrantes 0,3% na proteção infantil. Quanto à avaliação de proteção para pedestres e usuários vulneráveis, o modelo alcançou 49,6%, enquanto a assistência à segurança ficou com apenas 34,9%. Esses números revelam um desempenho preocupante em várias áreas cruciais para a segurança veicular.

Os testes de impacto lateral demonstraram uma intrusão significativa na cabine, aumentando consideravelmente os riscos de lesões graves, especialmente devido à ausência de airbags para a cabeça. Segundo a entidade, não teria uma melhoria significativa no resultado mesmo que a versão testada fosse equipada com airbags laterais, uma vez que eles não oferecem proteção para a cabeça como os airbags de cortina.

Durante o impacto frontal, a proteção para o peito do passageiro foi considerada fraca, mas o que mais preocupou os avaliados foi a proteção infantil. A entidade informou que o veículo falhou em oferecer um preparo adequado para proteger crianças, especialmente devido à má sinalização da ancoragem dos assentos, que não atendem aos requisitos exigidos. Este é um aspecto crítico, já que a segurança infantil deveria ser uma prioridade em qualquer modelo.

Outro ponto negativo destacado pelo Latin NCAP é a carência de equipamentos de auxílio à segurança no C3 Aircross. A falta de opções de segurança, mesmo como equipamentos selecionados, foi uma das críticas mais contundentes feitas à Citroën. Essa ausência de preocupação em equipar o veículo com os itens necessários para garantir a segurança dos ocupantes resulta em um desempenho preocupante em testes que devem garantir um padrão mínimo de proteção.

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Diante dos resultados desastrosos, uma entidade não hesitou em criticar a Citroën, solicitando melhorias urgentes e expressando preocupação pelo fato de que a marca parece estar se afastando das práticas exigidas por outros fabricantes, que vêm investindo cada vez mais em segurança.

Em contrapartida, a Stellantis, grupo ao qual pertence a Citroën, rebateu as críticas, afirmando que seus modelos atendem a todas as regulamentações vigentes. A marca declarou que a plataforma SMP do C3 Aircross fornece robustez e ampla proteção ao habitáculo, mas o debate sobre essa segurança se intensifica com o recente escândalo.

Esses eventos ressaltam a necessidade de um compromisso renovado por parte dos fabricantes em garantir a segurança dos veículos que colocam no mercado. O resultado negativo do C3 Aircross deve servir como um alerta para a indústria, enfatizando a importância de priorizar a proteção dos consumidores e usuários nas estradas.