Divergência

Partido de Bolsonaro publica documento afirmando que as urnas eletrônicas podem ser fraudadas e TSE rebate: “nenhum amparo na realidade"

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, publicou na quarta-feira, 28 de setembro, um documento em que aponta que as urnas eletrônicas podem ser fraudadas por servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O questionamento contra a Justiça Eleitoral acontece a quatro dias do primeiro turno da eleições.

De acordo com as pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro estaria atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem chance de ganhar a disputa já no próximo domingo (2.)

No documento intitulado “Resultados da Auditoria de Conformidade do PL no TSE”, o partido repete críticas que são constantemente feitas por Bolsonaro.

“Somente um grupo restrito de servidores e colaboradores do TSE controla todo o código fonte dos programas da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais. Sem qualquer controle externo, isto cria, nas mãos de alguns técnicos, um poder absoluto de manipular resultados da eleição, sem deixar qualquer rastro”, diz a legenda do Centrão.

Diferente do que diz a legenda, não há poder absoluto para mudar os resultados das urnas.

Em maio, o ex-ministro do TSE Tarcísio Vieira, que trabalha para o PL, adotava discurso diferente e havia descartado tentar qualquer tipo de interferência no sistema eletrônico da urna.

“O que pode ser discutido é metodologia. É evidente que ninguém quer a fórmula da Coca-Cola e não faz sentido abrir isso para quem quer que seja, mas fiscalização é algo que deveria ser estimulado em alto grau”, afirmou em entrevista ao Estadão.

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Resposta do TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu se manifestar. Em nota enviada, a Corte apontou que as conclusões do relatório “são falsas e mentirosas” e não possuem “nenhum amparo na realidade”.

Corte eleitoral disse que o documento tem por objetivo “embaraçar e tumultuar o curso natural do processo eleitoral”.

Além disso, o TSE informou que o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, determinou o envio do caso para “a Corregedoria Geral Eleitoral para instauração de procedimento administrativo e apuração de responsabilidade do Partido Liberal e seus dirigentes, em eventual desvio de finalidade na utilização de recursos do Fundo Partidário”.

Da redação do Portal com informações do Pleno News