Oposição

PT decide não apoiar CPI sobre a Petrobras proposta por Bolsonaro e diz ver cortina de fumaça

O PT afirmou ver uma cortina de fumaça na criação de uma CPI para investigar a Petrobras, e decidiu não apoiar a abertura da comissão. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, disse que o governo busca facilitar a privatização da empresa. 

Parlamentares da oposição apostam que a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a Petrobras não garante ganho eleitoral ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição.

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A pressão do ex-capitão e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), resultou no pedido de demissão nesta segunda-feira 20 de José Mauro Coelho após 40 dias no comando da petroleira. Na sexta-feira 17, a empresa anunciou um novo aumento de preço da gasolina e do diesel.

“Bolsonaro não assume o seu papel. É um presidente frouxo, fraco e incompetente que busca uma desculpa para a sua incompetência”, afirmou o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes. “[A CPI] é uma cortina de fumaça, pois há caminhos mais rápidos e objetivos. Ele poderia exercer o papel de presidente e de controlador majoritário da Petrobras”, acrescentou.

De acordo com o deputado, o presidente deveria “usar a caneta” e por fim na política de preços da Petrobras. ” Quando se dolariza um setor que tem tamanho impacto compromete toda a economia”.

Lopes vê ainda a intenção do governo de colocar em pauta novamente a privatização da empresa.

“O que está por trás disso é o interesse de vender a Petrobras para os amigos. Bolsonaro quer fazer um fim de feira”, declara. “Querem fazer a CPI para enfraquecer e tentar conversar a opinião popular que privatizar a Petrobras é bom”.

A Petrobras informou nesta segunda-feira, 20 de junho, que José Mauro Coelho pediu demissão do cargo de presidente da empresa e renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração da estatal nesta manhã.

“A nomeação de um presidente interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras a partir de agora”, diz o comunicado da companhia.

Segundo o estatuto da Petrobras, o presidente interino é escolhido entre os diretores da empresa no caso de renúncia.

No dia 23 de maio, o Ministério de Minas e Energia informou que o governo federal, como acionista controlador da Petrobras, tinha decidido pela troca do presidente da estatal.

Da redação do Portal de Prefeitura com informações da Carta Capital.